Costa Rica: O início da aventura
A reação das pessoas ao saber da nossa intenção em ir para a Costa Rica foi uma coisa bem interessante, já que ficava nítido um misto de curiosidade e desconfiança.
Justamente por isso, esta série de posts começa exatamente com a pergunta que, repetidas vezes, nos fizeram: Mas vocês vão ver o que na Costa Rica?
Em resposta, agora com muito mais autoridade sobre o assunto: fomos ver um mundo rico, coloridíssimo, extremamente feliz e amigável.
Quando decidimos ir para a Costa Rica, nossa intenção era conhecer os parques naturais, os vulcões, praias e plantações de café. E, claro, encontrar alguns bichos preguiças, comuns na região.
Obviamente, havia, desde o início, uma curiosidade quanto à cultura costarricense (sim, é assim que se denominam os nascidos na Costa Rica), bem como quanto ao impacto das decisões políticas do país: A Costa Rica é o maior país a não ter as forças armadas em funcionamento, havendo um forte investimento em educação e preservação ambiental.
No entanto, nem nos planejamentos mais otimistas, conseguimos dimensionar a grandeza da Costa Rica. Fomos em busca de contato com a natureza e voltamos totalmente encantados, envolvidos pela causa ambiental, tão bem trabalhada por lá. Queríamos conhecer a cultura e, no fim da viagem, já estávamos nos sentindo parte do lugar.
Não bastasse isso, os Costarricenses (lá chamados de Ticos) são adoráveis, com um jeito bem peculiar de enfrentar as adversidades. É a tal filosofia pura vida. De estampas de camisetas ao linguajar do dia a dia, se vê e se ouve essa expressão com frequência. Carrega uma ideia ampla de bem estar, que talvez eu não consiga traduzir em palavras.
Tudo isso transforma o país em um desses lugares em que você simplesmente quer ficar. Não é lugar de passagem, é lugar de morada.
Claro que a Costa Rica não é para todo mundo, mas ao menos para este casal viajante, passou a ocupar um lugar muito especial, destino certo para outras viagens.
O planejamento da nossa viagem começou delimitando, mesmo que de modo superficial, as regiões do país que queríamos conhecer. A Costa Rica não é um país enorme, mas também não é tão pequeno. É banhada pelo Oceano Pacífico de um lado e pelo mar do caribe do outro.
Possui sete regiões administrativas, chamadas de províncias: San José, Alajuela, Heredia, Guanacaste, Puntarenas, Limón e Cártago, mas a divisão territorial delas é um tanto estranha, de modo que o nosso roteiro não seguiu exatamente essa divisão.
No fim das contas, depois de avaliar bem o que queríamos conhecer, nosso roteiro acabou incluindo passeios em Alajuela, Guanacaste, Puntarenas e, por fim, no Caribe Costarricense. A província de Cártago acabou não entrando na programação, pois não tínhamos muitos dias de férias e foi preciso fazer sacrifícios.
Com o esboço do roteiro pronto, tratamos de comprar as passagens. Depois de alguma pesquisa, compramos pela Copa Airlines, saindo de Brasília, com rápidas conexões no Panamá na ida e na volta.
Como tivemos algumas limitações na disponibilidade de vôos que se adequassem ao nosso orçamento, após pequenas adequações, ficamos com 14 dias na Costa Rica, os quais acabaram sendo divididos assim:
De início, quatro dias em Alajuela, divididos entre a região próxima ao Vulcão Poás e alguns dias mais perto de La Fortuna. Depois, dois dias em Guanacaste, perto da cidade de Tamarindo. Em seguida, três dias em Puntarenas, sendo dois deles em Quepos. De lá, após cruzar o país, o roteiro incluía três dias em Limón, na cidade de Puerto Viejo, com uma breve passagem, na volta, pela capital San José.
Como nossa intenção era dar uma volta pelo país, optamos por alugar um carro, o que, na minha visão, é imprescindível para aproveitar bem uma viagem para lá.
É que o transporte público na Costa Rica é bem deficiente e um pouco complicado. Há várias empresas de ônibus, que, no entanto, não possuem rotas interligadas. Em alguns casos, para trocar de ônibus é preciso andar de um terminal até o outro. Além disso, muitas das atrações, como praias e parques, ficam longe das cidades e não são atendidas por nenhuma linha de transporte regular.
Até existe possibilidade de contratar passeios partindo das cidades principais, mas isso não é algo que combine muito com nosso estilo de viagem. O carro alugado dá uma liberdade maior e, claro, mais conforto.
Uma opção interessante é alugar um carro já com equipamento de camping ou mesmo um motorhome. Até pensamos na possibilidade, mas depois acabamos descartando, pois encontramos algumas opções de hospedagem bem interessantes.
Outra coisa, ainda quanto ao aluguel de carro, é que as estradas da Costa Rica não são boas. Nada muito diferente das que conhecemos no norte do Brasil, mas certamente quem está acostumado com grandes rodovias estranha um pouco. Vimos na internet muita gente indicando o aluguel de um veículo 4×4, mas para os locais do nosso roteiro, não vimos necessidade. Nosso carrinho nos atendeu perfeitamente.
Infelizmente, a Costa Rica não é um país barato para passear. O custo de uma viagem para lá fica bem próximo de uma viagem aos Estados Unidos, tanto os preços dos passeios, quanto alimentação e hospedagem, são bem similares ao que se gasta na terra do Tio Sam. A moeda Costarricense é o Colón, mas na maior parte dos locais que fomos o dólar era aceito com tranquilidade. Em alguns hotéis, inclusive, aceitavam apenas dólares.
Com exceção de estabelecimentos menores, o cartão de crédito é amplamente aceito. Foi esta a nossa opção, como já fazemos em quase todas as viagens internacionais. Não acho seguro ficar andando com dinheiro em espécie, então o cartão, apesar de IOF e etc, acaba sendo mais vantajoso.
Ah, uma coisa importante. A Costa Rica está muito preparada para o turismo. Não faltam informações em sites oficiais e a maior parte dos ingressos para os parques pode ser comprada on line com antecedência. Nós compramos as entradas para o Vulcão Poás e para o Parque Manuel Antonio antes mesmo de sair de casa, pois são passeios muito concorridos. Quase todos os parques são administrados pelo SINAC, cujo site oficial é https://www.sinac.go.cr/ES/Paginas/default.aspx.
Além disso, é possível obter muitas informações através do site https://www.visitcostarica.com/pt/costa-rica, que, inclusive, traz esboços de roteiros prontos, de acordo com o que cada turista está buscando.
Para quem está surpreso com o destino da vez ou para quem sabia da viagem e está curioso para mais detalhes, é só acompanhar o blog. Faremos uma série de posts bem detalhados sobre a Costa Rica, com dicas de hospedagem, passeios e, é claro, várias sugestões de restaurantes.
Como dizem os ticos costaricenses: Pura vida!
Trouxe café pra nós da Defensoria né?
Olha a cobrança kkkkk
Já quero conhecer!
Vai amar, com toda certeza!