Alaska – Conhecendo a pequena e charmosa Seward

A cidade de Seward, diferente de Anchorage, é bem pequena, mas nem por isso é menos charmosa. Possui muitos Glaciares, parques e passeios de barco pelos Fiordes de Kenai.

Havíamos estudado os passeios anteriormente, mas não tínhamos reservado em razão das incertezas quanto ao tempo, pois só é recomendado fazer o cruzeiro pelos fiordes se o tempo estiver bom.

Por sorte, o dia amanheceu lindo, então fomos direto até a área do píer onde estão diversas empresas de turismo. Passamos por algumas delas e escolhemos a Major Marine Tours, pois eles tinham uma opção de passeio de meio dia, que se encaixava bem na nossa programação.

Compramos os bilhetes para o passeio que começaria em, mais ou menos, uma hora. Saímos de lá e fomos tomar café da manhã. Optamos por comer no restaurante do Hotel, que ficava praticamente ao lado do píer. Terminamos o café, fomos até o quarto, arrumamos a mochila e voltamos para começar nosso passeio.

Embarcamos em um barco bem confortável, com um grupo de mais ou menos 50 pessoas. O Barco tinha uma área interna, com mesinhas e cadeiras, e uma cafeteria bem básica.

Além disso, tinha uma área externa e um segundo andar aberto, apenas com uma cobertura. Na parte interna tínhamos disponível chás, café e binóculos para usar durante o passeio.

Optamos, inicialmente, por ficar na parte interna, por conta do vento e do frio. Mas logo depois fomos para a área externa, de onde podíamos ver melhor a paisagem e os animais da região.

Assim que saímos vimos duas águias majestosas em um pequeno farol, ainda bem perto das outras embarcações,contudo a surpresa nos impediu de trazer uma foto descente delas.

Logo depois vimos um simpático animalzinho chamado Sea Otter, bem parecido com uma lontra. O bichinho estava lá, de boa, nadando e curtindo o frio.

Vimos também alguns golfinhos e algumas baleias, bem perto da embarcação. Me senti em um safari novamente.Todos os movimentos e olhares eram voltados para as baleias, que davam um show cada vez que mergulhavam.

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Além dos animais marinhos,avistamos muitas aves, inclusive os simpáticos puffins (papagaios do mar), um passarinho meio desengonçado, que, talvez por isso, tenha me lembrado do Kiwi, da Nova Zelândia.

O passeio passa por um verdadeiro berçário de aves, onde havia centenas de ninhos de gaivotas nas pedras e encostas.

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E o que dizer das paisagens? Um mar incrivelmente esverdeado, emoldurado por montanhas, glaciares e, de vez em quando, colorido pelo céu azul. Não há palavras para descrever a beleza e diversidade natural desse lugar.

O bacana é que o passeio de barco permite olhar as paisagens por outro ângulo, dando nova forma ao que já era visto durante os percursos em terra firme.

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No fim dessa aventura marítima, o barco passa relativamente perto do Holgate Glacier, uma imensidão de gelo que cobre parte de uma montanha.

Desse ponto, já começamos o caminho de volta. Chegamos ao Porto de Seward por volta do meio dia, comemos alguns sanduíches e partimos para o próximo passeio.

Apesar de ser um pouco caro, o passeio valeu muito à pena, pois além da incrível experiencia de observação da vida marinha e das aves (nós nunca tínhamos visto baleias!), o visual é incrível. E não é todo dia que podemos navegar por fiordes entre geleiras e baleias.

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Depois de nosso rápido almoço, passeamos um pouco pelas redondezas do hotel e fomos até a sede do Kenai Fjords National Park, onde faríamos uma trilha para o Exit Glacier, que tem uns três quilômetros de extensão.

Há outra trilha bem popular por lá, chamada Harding Ice Field Trail, que leva ao topo do Exit Glacier, mas ela é longa e demandaria um dia inteiro (tempo que nós não tínhamos), por isso não cogitamos fazê-la.

A trilha era bem sinalizada, bem movimentada, talvez por ser um sábado de verão, e bastante tranquila de ser feita. Apesar do constante alerta dos guardas quanto à possibilidade de encontrarmos ursos, não vimos nenhum no caminho.

Fizemos a trilha, ficamos observando o glaciar e voltamos logo depois. Retornamos à cidade e saímos para jantar. Escolhemos um restaurante chamado The Cookery, que, além de lindo, serviu uma refeição maravilhosa.

Voltamos para o Hotel por volta das 22h. Com a noite ainda cheia de luz, Seward já dormia. Fechamos as cortinas e fomos descansar. No outro dia, acordamos cedo, tomamos café e fizemos o check out.

Saímos com destino a Anchorage, mas no caminho paramos no Alaska Wildlife Conservation Center, onde gastamos boa parte da nossa manhã vendo animais que haviam sido resgatados e estavam sendo cuidados.

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O lugar é bem grande e conta com vários animais da fauna local. Além dos ursos, há também alces, renas e uma espécie bovina que já foi muito comum na região ártica, o Musk Ox (ou boi almiscarado em português).

Também vimos alguns pássaros, que roubavam comida dos outros animais (e também se aproveitavam de turistas desavisados), além de raposas, lobos e uma série de outros animais da região.

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Apesar da suposta finalidade nobre do centro de conservação, tive a impressão que os animais estavam um pouco debilitados, mas, talvez, isso decorra da minha aversão à zoológicos. Grades e cercas não combinam com a liberdade que os animais devem ter.

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Saímos de Seward ainda cedo e continuamos o trajeto com destino à Anchorage, onde chegamos por volta das 15h. Fomos à Mooses’s Tooth, mas a fila de espera estava gigantesca. Decidimos, então, comer em um Mc Donald’s nas proximidades.

Depois de comer, fomos ao Hotel My Place, um lugar bem simpático que descobrimos através de um excelente post no blog NY & about, com bom custo benefício, onde ficaríamos até o dia seguinte.

Fizemos o check in e fomos ao Walmart comprar algumas coisas. Estava tão empolgada com os avistamentos que comprei um binóculo. Foi mesmo um ótimo investimento. Me senti a própria observadora de pássaros.

Voltamos para o hotel, arrumamos as coisas e fomos descansar, ainda extasiados com tudo o que Seward nos presenteou.

Antes de chegar à cidade nossas expectativas eram altas, mas os dois dias que passamos lá foram mais que suficientes para que entendêssemos que a realidade era muito, mas muito mais gratificante que o esperado.

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Que Seward é linda, que tem glaciares, montanhas, uma fauna muito rica, isso não foi surpresa. Todos os guias e relatos que havíamos lido antes já nos contavam essas coisas.

O que surpreendeu mesmo foi a magia desse conjunto. Uma cidade pequena, em um paraíso natural, abrilhantada pela simpatia das pessoas com quem cruzamos. Um pedacinho do Alaska para não esquecer.