Carmelo e Colonia del Sacramento
Há alguns anos, enquanto procurava informações sobre Colonia do Sacramento, no Uruguai, encontrei um post bem curtinho sobre Carmelo, uma cidadezinha pequenina e charmosa nas proximidades. Naquela ocasião, nossa ida para Colonia havia sido decidida na última hora e não seria possível incluir Carmelo, mas desde então esse destino passou a figurar na minha lista de desejos.
Explicar por que ir pra Carmelo não é tarefa das mais fáceis. Não porque não seja uma experiência adorável, mas porque não existem atrativos individuais. A cidadezinha, rodeada por diversas bodegas e toda a aquela paz que o Uruguai genuinamente oferece, é um conceito muito maior, que não cabe em uma lista de atrativos dessas que a gente costuma fazer. Uma coisa, contudo, é certa, para quem gosta de vinho é uma imersão incrível, principalmente em razão das pequenas bodegas espalhadas pela região.
O fato é que, no final de 2019 conseguimos dar uma escapadinha para Buenos Aires e tivemos a oportunidade de incluir uma revisitação a Colonia e, obviamente, inserimos um passeio pela região de Carmelo. Na verdade, todo o restante da viagem foi uma desculpa para realizar esse desejo antigo. Coloco umas coisas na cabeça vez ou outra e elas ficam lá de forma muito viva. Alguns poderiam imaginar que isso demonstra teimosia, mas prefiro entender como obstinação.
Não vou falar muito sobre os dias em Buenos Aires porque, a bem da verdade, passamos o tempo andando sem destino e conhecendo restaurantes. Como já passamos por lá algumas vezes, a cidade já é tão familiar que é difícil fazer uma descrição com olhos de turista. Apesar de todas as dificuldades vividas pela Argentina, eu gosto de Buenos Aires, então, sendo simples assim, viajar para lá é sempre muito prazeroso. Qualquer hora dessas escrevo de forma mais detalhada sobre as coisas para se fazer, lugares para visitar e comidas espetaculares para provar.
Hoje, contudo, meu foco vai para o Uruguai. Quem lê os posts do blog pode ter a impressão de que gostamos muito, mas muito do Uruguai. Está aí uma conclusão corretíssima. Todas as experiências que tivemos no Uruguai foram maravilhosas, tranquilas e emocionantes ao mesmo tempo. Dessa vez, como a ida para lá foi combinada com Buenos Aires, nossa visita se restringiu a Colonia e Carmelo, mas tanto Montevideo quanto Punta Del Este são agradabilíssimas.
Depois de compradas as passagens para Buenos Aires, começamos aquela rotina normal de preparação da viagem. Decidimos incluir o Uruguai bem no meio da estada na Argentina e optamos por dormir em Colonia, tomando uma decisão totalmente diferente do comum.
Como não era nossa primeira vez na cidade, nós já havíamos esgotado o roteiro “obrigatório” dos turistas que vão até lá, que chegam na cidade de manhã e deixam o lugar à tarde. Foi exatamente isso que fizemos na visita anterior, inclusive.
Embora aquela primeira visita tenha sido excelente, fiquei com a sensação de que havia sido superficial demais. Não faz parte da nossa filosofia de viagem passar apressadamente pelos lugares. Justamente por isso, ao planejar esse retorno, nossa ideia era curtir os detalhes de Colonia, poder ver a tarde passar com calma, fotografar o pôr do sol e ver os cenários mudando de cor a cada hora. É incrível como existem várias cidades dentro de uma só.
Além de toda essa parte mais poética, queríamos muito ter a cidade praticamente só para nós, conforme os outros turistas iam pegando o buque de volta pra Buenos Aires.
Assim, nosso planejamento incluía fazer a travessia pelo Buque e chegar em Colonia ainda pela manhã, dormir lá e no outro dia ir para Carmelo, onde passaríamos duas noites. Depois, voltaríamos para Colonia, ficaríamos o restante do dia e a noite, seguindo para a Argentina na outra manhã.
Fazer a travessia de Buenos Aires para Colônia de barco, ou buque como chamam, é bem simples, mas envolve escolher com certa antecedência os horários e a empresa onde serão adquiridos os bilhetes. Os preços variam um pouco a depender do tamanho do buque e também horário escolhido, mas não tem erro, ainda mais se seguir as dicas do Viaje na Viagem, que para nós é sempre uma mão na roda nos planejamentos.
Reservamos todos os hotéis e compramos os tickets de transporte com antecedência, principalmente porque havia um feriado bem no meio do passeio, então a probabilidade de não haver vaga era grande. Não gosto de correr riscos desnecessários, então, para não ter erro, saímos do Brasil com tudo resolvido. Para fazer o deslocamento de Colonia a Carmelo, optamos por alugar um carro, pois não há muitas opções de transporte.
Tudo saiu exatamente como planejado e os dias na região superaram todas as expectativas. Se alguém me perguntar qualquer coisa sobre Colonia e, principalmente, sobre Carmelo, só posso dizer que apenas vá. É um lugar de tanta paz e calmaria que realmente se tem a sensação de reiniciar um ciclo depois de passar um tempo por lá.
Chegamos em Colonia perto da hora do almoço, depois de uma viagem bem tranquila no Buque que faz a travessia do Mar Del Plata. Fomos direto para o Hotel Posada del Virrey, onde deixamos as bagagens e já saímos com a missão de sacar dinheiro e almoçar.
Aqui um detalhe importante, muitos lugares em Colonia e em Carmelo não aceitam cartão de crédito, então é bom ter sempre uma quantia em espécie. Nós ainda não tínhamos.
Tivemos alguma dificuldade em conseguir sacar nos caixas disponíveis, mas, depois de muitas tentativas, conseguimos. Como chegamos à cidade já com bastante fome, acabamos almoçando no primeiro restaurante que encontramos que aceitava cartão de crédito. Infelizmente a comida estava bem sem graça, mas era a opção disponível dadas as restrições que tínhamos naquele momento.
Depois de almoçar, voltamos para o hotel, ajeitamos as coisas e fomos andar pela cidade para passear e para tentar sacar la plata. Conseguimos sacar em um banco praticamente ao lado do hotel, de modo que essa preocupação já não tínhamos mais.
Colonia é uma cidade encantadora por si só. Todos os cantinhos, principalmente da cidade antiga, são extremamente fotogênicos e bem preservados. Ficamos passeando até o sol se pôr e, aos poucos, fomos vendo o burburinho do dia ser substituído pela paz e romantismo da noite, exatamente como havíamos imaginado que seria.
Tivemos uma experiência muito agradável no Queriendote, onde passamos algum tempo admirando a vista e tomando chá. Quer coisa melhor que um momento assim para relaxar e se conectar com as coisas que realmente importam? Ah gente, como me fazem feliz os detalhes…
Saímos da casa de chá e fomos andando pelas ruas da cidade enquanto a noite chegava. Tiramos fotos, descobrimos novos ângulos, novas cores, e fomos para o hotel descansar. Mais tarde, fomos jantar no Charco Bistró, uma verdadeira joia de Colonia. O lugar é lindo, intimista e a comida estava excepcional.
No outro dia acordamos cedinho porque tínhamos que pegar o carro na locadora e seguir viagem. Não sem antes aproveitar o delicioso café da manhã servido na recepção do hotel.
Por falar em hotel, o que escolhemos era um pouco peculiar, mas muito charmoso. Parecia mais um antiquário que um hotel, mas era muito aconchegante e combinou muito bem com o estilo da nossa viagem.
Fomos caminhando até a locadora, pegamos o carro sem maiores dificuldades e voltamos de carro para pegar as malas. Saímos por volta das dez da manhã e, antes de seguir para Carmelo, fomos até um lugar incrível chamado Las Liebres, que é restaurante e pousada. Fica um pouco afastado do centro. Na verdade, bem afastado, então não é tão movimentado quanto os famosos pontos turísticos da cidade.
Todos os comentários que eu havia lido sobre o lugar eram excelentes e, chegando lá, deu para entender exatamente o porquê das avaliações tão positivas. Como chegamos cedo, ficamos na área externa por algum tempo. Andamos pelo jardim, ficamos vendo a horta em que produzem grande parte do que é consumido e, enfim, fomos almoçar. Tudo, do atendimento à comida, foi espetacular. Sem dúvida vale a pena visitar, principalmente se for com tempo pra aproveitar todos os detalhes. Demos sorte de conseguir uma vaga sem reservas, mas lemos algumas avaliações sugerindo reservar com certa antecedência.
Encerrado nosso almoço, seguimos para Carmelo. A estrada que liga as cidades é bem tranquila, quase sem tráfego e em bom estado de conservação. A paisagem é graciosa e bucólica e, quando nos demos conta, já estávamos chegando em Carmelo.
Seguimos direto para o Carmelo Resort e Spa, onde tínhamos reservado uma diária. O lugar não fica pertinho da cidade, deve dar uns vinte quilômetros mais ou menos, mas não é difícil de encontrar. É um dos locais mais conhecidos da região, pois não é apenas um hotel, mas um spa gigantesco no meio de um bosque imenso. A estrutura é incrível, com opções de acomodação em quartos ou chalés, todos espalhados por uma área repleta de pinheiros e eucaliptos, com vista para o parreiral.
De fato, é uma experiência maravilhosa. Inicialmente, a ideia era aproveitar o tempo lá e visitar algumas bodegas nas proximidades, como a Narbona. Além disso, queríamos conhecer Puerto Camacho, um porto que fica dentro de um condomínio fechado, mas que permite a entrada de quem está hospedado no Spa.
O plano era bom, mas depois de chegar ao spa e vermos pessoalmente o chalé que havíamos reservado, acabamos optando por ficar por lá mesmo. Bateu aquela preguicinha do bem, sabe? Passeamos pela área do hotel, que é enorme (já falei que era grande?), fomos curtir a piscina aquecida, tomar um solzinho gostoso e, à tarde, aproveitar as comodidades que eles tinham para oferecer.
À noite, jantamos no restaurante do hotel e optamos por comprar um vinho para tomar na varanda do chalé. O vinho, a propósito, era produzido pela Narbona, uma granja e bodega da região que possui excelentes produtos, como doce de leite, iogurte e queijos.
No outro dia, acordamos cedo e fomos tomar café da manhã, servido no mesmo restaurante em que havíamos jantado na noite anterior. O jantar estava muito bom, mas o café foi uma experiência surreal. Não sei se consigo descrever exatamente a grandiosidade do café da manhã, mas havia mel em favo e iogurte fresquinho produzido pela Narbona. Imediatamente o café do Carmelo Spa foi para minha lista de melhores da vida.
Depois de comer como se não houvesse amanhã, voltamos para o chalé, ficamos fazendo hora e arrumamos as coisas para seguir viagem. Nosso próximo dia seria em uma pousada que fica bem no meio da área das bodegas, a pousada Campotinto.
Chegamos lá por volta das onze da manhã e fomos extremamente bem recebidos. A pousada é uma graça, mas sem todo o luxo do Spa, obviamente. Ainda assim, acho que se eu precisasse escolher apenas um dos dois, escolheria a pousada. Não sei explicar bem o porquê, mas acho que a minha personalidade pede coisas menos formais, talvez mais livres, mais leves.
Para que vocês tenham uma ideia da tranquilidade desse pedacinho da viagem, depois que chegamos à pousada, deixamos as malas e estacionamos o carro em uma das vagas disponíveis. De lá, ele só saiu no outro dia, quando da nossa partida de Carmelo, isto porque fizemos todos os nossos passeios a pé. A pousada está, literalmente, no meio das bodegas, que ficam em pequenas propriedades rurais na região.
Como estava cedo para o check in, pegamos um mapa na recepção da pousada com todas as atrações disponíveis nas proximidades, quase todas ligadas à produção de doces, queijos e vinhos, e fomos passear, caminhando pelas estradinhas de terra.
Começamos pela visita à Casona Campotinto, que ficava há poucos passos da pousada. Inicialmente, nossa ideia era apenas fazer a degustação de vinhos por lá e escolher outro lugar para almoçar, mas o clima estava tão convidativo e fomos tão bem recebidos, que estendemos nossa visita. Fizemos a degustação dos vinhos e almoçamos. Estava tudo perfeito. Os vinhos eram deliciosos e até compramos um para trazer.
Saímos de lá e voltamos para o hotel para o check in. Descansamos um pouco e, à tarde, fomos até o Almacén de la Capilla, onde experimentamos dois vinhos produzidos por eles e fizemos um lanchinho para acompanhar. Compramos algumas coisinhas para trazer pra casa.
O local é muito charmoso, e fica perto da Capela San Roque, que dá nome ao Almacén. Há alguns objetos antigos que, muito bem preservados, ajudam a contar a história da família fundadora do estabelecimento. Além dos vinhos, há alguns outros produtos fornecidos por produtores locais, como doces e balas.
De volta à pousada, aproveitamos que o dia estava lindo e fomos para o jardim em busca de algumas fotos. Ficamos por lá até o sol se pôr, quando voltamos para o interior da pousada. Por volta das nove da noite fomos jantar e, mais uma vez, tomamos um vinho delicioso, antes de voltar ao jardim para algumas fotos noturnas.
No outro dia de manhã tomamos café na pousada, que estava muito bom, e pegamos a estrada com destino a Colonia. No caminho demos uma paradinha bem rápida na cidade de Carmelo, que é bem pequena. O retorno ocorreu sem percalços e por volta das 11 da manhã já estávamos em Colonia.
Aproveitando que ainda estávamos com o carro e que era cedo para o chegar ao hotel, resolvemos conhecer a parte mais central da cidade, onde vivem e transitam os moradores locais. É lógico que também havia segundas intenções nesse passeio despretensioso. É que no domingo acontece uma feira de produtores regionais e eu estava muito empenhada em encontrar alguns temperos para minhas aventuras culinárias. Depois de algumas voltas, o plano deu certo. Encontramos a feira e os temperos em uma das barraquinhas.
Voltando ao centro histórico, existe uma área da cidade em que não é permitido o fluxo de automóveis. Então, não conseguimos parar perto da pousada que havíamos reservado, a Posadita de La Plaza, que é de um brasileiro simpaticíssimo chamado Eduardo. Deixamos o carro o mais perto que conseguimos e fomos levando as malas até a pousada. Chegando lá, só deixamos as bagagens e fomos andar pela cidade.
Depois de algum tempo voltamos para a Posadita e fizemos o check in. Conversamos um pouco com o Eduardo e ele, além de mostrar a pousada, deu excelentes dicas sobre a cidade, inclusive nos forneceu um mapinha com as avaliações dele.
Um dos lugares bem avaliados coincidiu com a recomendação que uma amiga havia feito antes da viagem começar. Assim, fomos almoçar no La Florida, um restaurante naquele estilo antiquário de sempre, extremamente gostoso e especial. O restaurante é bem pequeno, só aceita pagamento em dinheiro e quem cozinha é o dono do lugar, um senhor simpático e conversador. O atendimento fica por conta da esposa dele, igualmente carismática. Para completar a experiência, a comida estava divina.
Depois de almoçar, voltamos para a pousada, descansamos um pouco e fomos continuar nossos passeios. Devolvemos o carro e voltamos para a área histórica da cidade. Compramos doces e outras coisas para trazer conosco. No meio da tarde, fizemos uma pausa e fomos tomar café no Lentas Maravillas, um misto de cafeteria e restaurante bem simpático.
Saímos para tirar algumas fotos e, à noite, fomos jantar em uma hamburgueria chamada Bocadesanto. O lugar é bonito, o atendimento foi muito bom e as cervejas eram excelentes. O hambúrguer, contudo, não tinha nada de especial. Ainda assim, pelo conjunto, é uma boa opção.
Voltamos para a pousada à noite e fomos descansar depois de um dia inteiro passeando pelos arredores e explorando cada cantinho de Colonia. Eu sempre tenho a impressão de que o tempo passa mais devagar no Uruguai, mas naquele momento eu queria que demorasse ainda mais a passar.
Era nossa última noite lá e a vontade era de ficar, não de partir. Infelizmente, essa não era uma opção, então tentamos aproveitar cada minutinho ao máximo. Tanto que no outro dia, acordamos bem cedo e, antes mesmo do café da manhã, saímos pela cidade para redescobrir os lugares que já conhecíamos e buscar novas possibilidades. Como eu disse, Colônia tem várias cidades dentro de si. Com isso, conseguimos fotografar alguns dos pontos mais concorridos antes que os outros turistas chegassem.
Então, encerrada nossa aventura fotográfica matinal, tomamos café da manhã na pousada conversando com o Eduardo e, logo depois, saímos de Colonia com destino a Buenos Aires, encerrando essa parte da nossa viagem.
Aqui uma confissão. Costumo demorar algum tempo para escrever sobre as viagens, mas acho que dessa vez me superei. Tudo isso que escrevo nesse post aconteceu há mais de seis meses e só agora consegui colocar no papel.
Por várias vezes comecei a escrever o texto e desisti no meio do caminho. Não me sentia preparada para escrever e hoje, em um estalo, entendi exatamente a razão dessa relutância.
É que, para mim, o post no blog é o encerramento de qualquer viagem. Não acaba quando chego em casa, acaba quando vai para o blog, porque enquanto escrevo e escolho as fotos, os momentos são revividos.
Esta viagem, em especial, eu não queria que acabasse. Porque os momentos foram inesquecíveis e porque todos estamos vivendo momentos muito difíceis desde o início de 2020. Enquanto escrevo esse post estou em casa, de férias, sem qualquer perspectiva de viagem ou contato presencial com outras pessoas, lidando com todas as incertezas causadas pela pandemia que assola nossas vidas.
Talvez seja essa a razão pela qual o sentimento em relação a essa viagem seja mais forte. Não se trata apenas de um post sobre uma viagem qualquer. Foi a última viagem antes do mundo desacelerar, das fronteiras fecharem, da gente se distanciar e, ao mesmo tempo, tentar se aproximar.
Para encerrar, nada melhor que os versos do Lenine, na música Paciência, que, para mim, descrevem com perfeição o sentimento despertado por esses dias em Colonia e Carmelo:
Mesmo quando tudo pede um pouco mais calma, até quando o corpo pede um pouco mais de alma, a vida não para. Enquanto o tempo acelera e pede pressa, eu me recuso faço hora vou na valsa, a vida é tão rara…”
Que dias melhores cheguem, que possamos nos reunir de verdade e que muitas outras experiências possam ser compartilhadas, porque viajar não é sobre conhecer os outros, mas sobre se conhecer.
Já tive a oportunidade de lhe dizer isso pessoalmente, mas elogios e bons amigos nunca são demais, então vou deixar registrado aqui o quanto eu gosto da sua escrita, dessa sutileza e sensibilidade que você tem com as palavras e com a sua forma de apreciar as coisas. Me sinto profundamente tocada quando leio sobre as suas aventuras por esse mundão, porque você faz o que poucos conseguem, você sabe identificar e contemplar o belo. E que belo!
Os tempos são difíceis, e a neblina insiste em querer nos confundir sobre a grandeza do que há por detrás dela. Mas neste exato momento estou aqui na minha casa, isolada, emocionada com esse texto, apreciando minimamente todas as fotos (que são definitivamente as minhas favoritas), lembrando que Ele é, que Ele continua sendo, e que Ele sempre será.
Você pode planejar uma viagem com muita diligência e técnica, pode prever e se resguardar de muitos infortúnios, assumindo um certo controle sobre a situação. Mas o pôr do sol esplendoroso quem dá é Deus, também é Ele quem enfeita o céu estrelado só para que seus amados filhos curtam o momento e tirem uma belíssima foto, ou quem providencia a cor deslumbrante do amanhecer, e faz a relva ser ainda mais verde, e os cafés mais saborosos, e as pessoas mais amáveis. Ele é Deus! Que poderíamos dizer? São tantas as surpresas que uma viagem pode nos reservar. Cada lugar possui um tesouro escondido, pronto para ser encontrado, e vocês o fazem com excelência, que é dom Dele.
Assim como vocês, também espero confiantemente por dias melhores, tenho certeza que eles virão.
Até lá, obrigada por criarem momentos felizes, mesmo em meio ao caos. A leitora agradece muito.
No mais, “devemos trazer à memória aquilo que nos dá esperança. As misericórdias do Senhor não têm fim; renovam-se a cada manhã. Grande é a sua fidelidade, portanto, esperaremos nele”. Lm 3:21-24.
Nossa, amei o seu relato e estou com passagens compradas para Buienos Aires em setembro e pretendo fazer exatamente o mesmo roteiro que você fez. Como faço para alugar um carro em Colônia? Quais os doc necessários? É possível ir de ônibus para Carmelo e se locomover lá a pé ou de táxi? Grata
Oi Renata, que bom que gostou do relato. Vou tentar responder às suas perguntas. Nós reservamos um carro na locadora Avis pelo site da Rental Cars. Retiramos no escritório deles no terminal rodoviário de Colonia, que fica perto do porto e da parte histórica da cidade (com um pouquinho de disposição dá pra ir à pé). Tanto na rodoviária quanto no site na rentalcars havia outras opções de locadoras, mas naquele momento, para a gente, esta foi a mais interessante. Vale a pena dar uma olhadinha no site para analisar melhor como está hoje.
Quanto a documentos, nos pediram a Carteira de Habilitação (a CNH brasileira tem validade lá), Passaporte (não sei se aceitariam RG) e um cartão de crédito para lançamento de uma valor de garantia. Nada muito diferente do que exigem no Brasil.
É possível sim ir de ônibus para Carmelo. No entanto, não sei se é uma opção interessante, pois a maior parte dos passeios são um pouco espalhados e fora da área urbana. Então, um carro ajuda muito. Até acho que dá ára usar taxi/uber em carmelo, mas não sei se compensa financeiramente.
Para finalizar, tenho certeza que você vai amar a viagem. Gosto tanto de lá que pretendo voltar em breve. Abraços.