Esfirras de Carne Moída
Para não dizerem por aí que só tem coisa complicada neste bloguinho, a receita da vez é bem fácil. As esfirras de carne moída podem ser uma bela entrada em um jantar típico, quebram o galho como um lanchinho ou ainda podem brilhar como o prato principal da noite.
Há algum tempo fiz um jantarzinho com temática árabe aqui em casa (aliás, há um bom tempo). Servimos a esfirra como entrada, acompanhada de alguns molhos, azeite e coalhada caseira. Como prato principal, fomos de kafta ao forno e pão pita. A combinação foi ótima e todo mundo saiu feliz da vida. Lembrando desse dia agora, talvez a alegria tenha sido fruto da junção da comida, das conversas e do vinho.
Bom, como este também é um blog de viagens (e aqui eu explico porque comecei a falar também de gastronomia), acho legal destacar que nunca tive a oportunidade de conhecer um país de cultura árabe. Logo, ainda não tenho como comparar minha receita com uma receita de esfirra tradicional. Aliás, acabo de encontrar a razão perfeita para inserir alguns outros destinos na minha lista de desejos, afinal a comparação entre a esfirra deste post e as que pretendo provar por aí é quase um experimento científico ;).
Antes que eu me esqueça, até hoje nunca tivemos tragédias gastronômicas envolvendo esta receita, então, até quem não tem muita familiaridade com a cozinha vai tirar de letra.
INGREDIENTES:
Massa:
- 300 ml de água filtrada
- 2 colheres de sopa de açúcar
- 1/2 colher de sopa de sal
- 500g de farinha de trigo
- 7 gramas de fermento para pão (sim, existem outros fermentos!)
- 2 colheres de sopa de azeite
Recheio:
- 500g de carne moída
- 300g de cebola
- 400g de tomate
- suco de 1 limão
- sal, pimenta-do-reino, temperos da sua preferência
- pimenta síria
- cheiro-verde à gosto
- uma colher de azeite
COMO FAZER:
Inicialmente, pique em pedaços bem pequenos o tomate e a cebola. Em seguida, corte os temperos verdinhos de sua preferência. Junte tudo isso à carne moída e adicione o sal e as pimentas. Então, coloque essa mistura em uma vasilha com tampa (ou coberta com plástico filme) e leve à geladeira, onde ela deve ficar por uma hora mais ou menos.
Depois que o recheio estiver há uns trinta minutos na geladeira, vamos começar a preparar a massa. Aqui, é tudo muito simples: basta misturar todos os ingredientes da massa e sovar, na mão ou em uma batedeira planetária, por uns dez minutos. Depois desse tempo, a massa deve ficar bem lisinha, então, cubra-a com um pano de prato e deixe descansar por uma meia hora.
Durante o soninho de beleza da massa, vamos voltar nossas atenções ao recheio. Primeiramente, vamos tirar da geladeira e, com a ajuda de uma peneira, vamos tentar retirar o máximo de líquido possível, pois se ficar com muita água o recheio pode vazar enquanto as esfirras estiverem assando e, definitivamente, isso não é bom.
Em síntese, para escorrer é bem simples: apoie uma peneira sobre uma tigela e vá colocando porções do recheio, apertando com uma colher até que boa parte do líquido escorra. Feito isso com todo o recheio, descarte o líquido e vamos abrir a massa.
Existem algumas técnicas para fazer as esfirras, que vão desde abrir a massa toda de uma vez até fazer várias bolinhas e abrir uma a uma. Eu uso a primeira, então, seguindo essa dica, vamos abrir a massa na bancada, como se fosse uma massa de pastel. A espessura deve ficar em torno de 0,4cm.
Quando a massa estiver aberta, é hora de acender o forno para ir aquecendo. Então, voltando a massa, é só cortar triângulos médios e, em seguida, ir recheando um a um. Para conseguir fechar mais rápido, costumo molhar as bordas dos triângulos, assim se forma uma espécie de cola.
Assim que as esfirras já estiverem fechadas, pode colocar em uma assadeira e já levar ao forno. Elas não precisam de uma fermentação prévia, senão crescem demais e aquela estrutura de massa fininha se perde para sempre.
Por fim, é bom ficar atento ao tempo de forno. Aqui em casa, com meu forno doméstico, assam em 15 minutos, mas isso pode variar bastante. Outra coisa: há quem pincele as esfirras com ovo para ficarem mais douradinhas. Nas fotos deste post tem para todos os gostos, mas eu prefiro sem o ovo, pois acho que fica mais sequinha.
Meu filho e eu fizemos a receita e ficou muito boa.
Cozinhar é bom, mas fazer isso com um master ajudante deve ver ainda melhor.