Portugal – Uma viagem de carro por quase todo o país

Toda vez que estamos escolhendo um destino de viagem tenho aquela sensação de que o mundo é grande demais para o pouco tempo que tenho. Até por isso nunca é fácil decidir. Quando optamos por conhecer Portugal na nossa primeira viagem à Europa, recebemos algumas críticas de amigos quanto ao destino. A maior delas vinda de pessoas que sequer conheciam a Terrinha.

Quanto mais estudamos sobre Portugal, mais nos convencemos que o preconceito das pessoas em relação ao país não se justificava. Assim, em novembro de 2015, voando pela TAP, cruzamos o oceano e desembarcamos em Lisboa.

Chegamos em Lisboa por volta das 10h da manhã e, depois de passar pela imigração, muito tranquila por sinal, fomos de taxi até o Hotel IBIS Parque das Nações.

Deixamos as coisas no local e saímos à procura de comida. Almoçamos em uma Hamburgueria bem próxima do Hotel e de lá fomos passear a pé pela cidade.

Huuuummmm

A primeira impressão de Lisboa não poderia ser melhor. A cidade é muito agradável e os portugueses são extremamente gentis. Fizemos um passeio de teleférico e fomos ao Oceanário, onde passamos a tarde. Saímos de lá e fomos até o Centro Comercial Vasco da Gama, onde jantamos.

O segundo dia em terras portuguesas amanheceu chuvoso. Saímos do Hotel e tratamos logo de comprar um guarda-chuva, que nos foi bem útil até o fim de viagem. Devidamente protegidos da chuva fomos até a Praça da Filgueira, de Metro, e de lá pegamos o Electro 12 (um bondinho beemm antigooo), que nos deixou nas proximidades do Mirante Santa Luzia.

De lá fomos até o Castelo São Jorge, onde passeamos pelas escadarias e construções muito bem conservadas.

Saindo de Lá fomos até a Europ Car, onde pegamos o carro que já havíamos reservado anteriormente pela internet. Voltamos ao Hotel, deixamos o carro e fomos ver o Salão do Automóvel, que coincidentemente estava acontecendo a duas quadras dali. De lá fomos jantar em um simpático restaurante chamado Prego D’ Pescador.

Uma das máquinas que vimos no Salão do Automóvel

No outro dia saímos de carro com destino ao Palácio de Queluz. Em pouco tempo chegamos à Vila onde se encontra o Palácio. Compramos os ingressos e fomos visitar as salas abertas ao Público. O Palácio é lindo, mas o que mais chama atenção são os jardins, que são muito bem cuidados.

  De lá fomos até o Castelo dos Mouros e Palácio da Pena. Mesmo com chuva, os dois passeios valeram muito à pena.

  Seguindo viagem até a simpática Sintra, onde nos hospedamos no Hotel Casa do Valle, um misto de pousada e hotel boutique. Uma graça de lugar. À noite fomos passear, a pé, pelas estreitas e sinuosas ruas de Sintra. De cara, ao chegar ao centro, Fellipe me alertou para a semelhança entre as ruas de Sintra e o Beco Diagonal, do Harry Potter. Na época não entendi bem a referência porque não tinha assistidos aos filmes (por pura teimosia). Depois resolvi assistir e não é que parece mesmo.

Jantamos em um restaurante bem informal e depois fomos à procura da Confeitaria Periquita, que segundo as notícias vendia o melhor Travesseiro de Amêndoa da região. Não estava lá muito empolgada com o tal doce, mas havia tanta propaganda a respeito que me senti na obrigação de experimentar. Ainda bem viu, porque o doce é perfeito. Comi dois e ainda levei alguns para o Hotel. Até hoje penso que deveria ter comprado de dúzias…

No outro dia tomamos café na varanda do quarto do Hotel. Tudo perfeito. A companhia, o café e a vista.

Saímos de lá e fomos à Quinta da Regaleira, onde passeamos por algumas horas.

  Saímos de lá e fomos para a cidade de Azenhas do Mar. Ficamos por lá admirando a paisagem por algum tempo e depois rumamos para Nazaré, a cidade das ondas gigantes, onde nos hospedamos em um charmoso apartamento. Saímos do apartamento logo cedo e fomos até o Farol de Nazaré à procura das tais ondas gigantes. Não tivemos muita sorte. O lugar é lindo, mas nada de ondas. Saímos de lá e fomos ao Centro da cidade, onde almoçamos no Tasquinha. 

Azenhas do Mar
Farol de Nazaré

Deixamos Nazaré logo depois e passamos por Alcobaça, um Mosteiro cheio de história, onde estão os belos túmulos de Pedro e Inês de Castro, que foi coroada Rainha de Portugal mesmo depois de morta.

De lá fomos até Porto, onde chegamos à noitinha. Deixamos as coisas no apartamento que havíamos reservado, Serviced Apartaments Boavista, e fomos jantar no Shopping Cidade do Porto.

Área histórica de Porto, com a Torre dos Clérigos ao fundo.

Mais um dia de andanças. Desta vez fomos de Metro até Vila Nova de Gaia, que fica do outro lado do Rio D’ Ouro. Visitamos a vinícola Calén, onde degustamos o vinho do Porto, e depois fomos experimentar o famoso sanduíche da Região, A Francesinha. Particularmente não gostei, mas vale a experiência. Enquanto comíamos percebemos que na cidade estava acontecendo uma maratona, que levamos alguns minutos observando e invejando a disposição dos atletas. Logo depois, atravessamos a ponte e voltamos para Porto. Passeamos pela cidade e voltamos para o apartamento.

  Último dia em Porto. Saímos do apartamento por volta das 09h e fomos até o Palácio da Bolsa. De lá, fomos à Torre dos Clérigos e de lá até a Livraria Lello e Irmão. Aqui mais uma referência ao Bruxinho. Segundo as informações locais, a autora dos livros teria morado em Porto e se inspirado na Livraria Lello para criar alguns cenários de Harry Potter. Verdade ou não, o fato é que a Livraria é bem interessante.

  Saindo da Livraria, fomos até a Praça da Ribeira. Almoçamos por lá e depois fomos ao Palácio de Cristal. Na verdade, fomos até o Parque onde, um dia, existiu o Palácio. O Parque é lindo e tem uma vista maravilhosa de Porto e do Rio D’ouro.

  Deixamos Porto bem cedo e fomos para Aveiro, conhecida como Veneza Portuguesa em razão dos canais que cortam a cidade. Passeamos pela região central e, em mais uma aventura gastronômica, experimentamos os ovos moles de Aveiro, doce famoso na região. Não aprovei a iguaria, mas jamais saberia se não tivesse provado. 

  Ainda pela manhã partimos para a Serra da Estrela, onde havíamos reservado dois dias na Pousada das Penhas Douradas. Chegamos ao anoitecer, depois de algumas horas em uma estradinha bem sinuosa e estreita.

Falar da Serra e dos seus encantos é a parte mais difícil desse relato. É tudo tão lindo que faltam palavras. A pousada é maravilhosa e vale cada centavo do valor das diárias. Na primeira noite na Serra descemos de carro até a cidade de Manteigas e jantamos por lá. No dia seguinte fizemos uma trilha muito agradável pela região, seguindo um mapa fornecido pela pousada.

Chegamos por volta das 16 horas e havia um lanchinho nos esperando. À noite jantamos na pousada e, sem dúvida alguma, foi a melhor refeição da viagem. Para fechar a noite, chegamos no quarto e fomos surpreendidos com um espumante e um chocolate de brinde. Realmente, momentos para não esquecer…

    Dia de dizer adeus à serra e tomar outros rumos. Desta vez nosso destino era Fátima, mas, no caminho, gastamos algumas horas no Castelo de Almourol, construído por Templários em uma ilha bem no meio do Rio Tejo.

  Chegamos em Fátima por volta das 16 horas e depois de deixar as coisas no Hotel fomos até o Santuário. A catedral antiga estava em reforma, mas ainda assim foi possível perceber a grandeza e a ao mesmo tempo a simplicidade do lugar. Acompanhamos um momento de oração que estava acontecendo na capela e para mim foi muito emocionante poder participar de uma celebração de fé tão verdadeira.

No outro dia de manhã saímos rumo à Évora, que é uma das poucas cidades em que ainda é possível ver as Muralhas que cercavam a cidade em tempos mais longínquos. Atualmente, a parte antiga da cidade está dentro das Muralhas e as áreas mais modernas no entorno. Nos Hospedamos no Hotel IBIS, fora das Muralhas.

Passeamos pela cidade no entardecer e fizemos um lanchinho na Confeitaria Pão de Rala. Voltamos para o Hotel e jantamos por lá mesmo, pois não encontramos nenhum lugar com vagas para jantar na cidade.

  Acordamos cedo, tomamos café no Hotel e fomos conhecer a Capela dos Ossos, ainda em Évora. Local muito esquisito e sombrio, mas interessante. 

De lá fomos para Mértola, onde paramos rapidamente para algumas fotos. Em seguida fomos para Vila Real, na divisa com a Espanha.

Nesse momento a beleza exuberante do Algarve já começava a surgir. Chegamos na Capital do Algarve, Faro, à noite, e fomos até um Shopping deslumbrante, com uma praça de alimentação à céu aberto.

O shopping já estava decorado para o Natal

Jantamos por lá e no outro dia cedo fomos até Olhos D’ àgua. De lá seguimos para Albufeira e Carvoeiro. À tarde chegamos em Sagres, onde nos hospedamos em um apartamento bem aconchegante. Deixamos as coisas por lá e fomos até o Farol, onde não chegamos a tempo para o pôr do sol.

    Pela manhã, fomos para Lagos, onde visitamos a Praia do Camilo e a Praia Dona Ana. Voltamos para o apartamento, almoçamos e fomos passear pelas praias de Sagres, encerrando o dia, desta vez, com um pôr do sol perfeito no farol, que rendeu centenas de fotos.

  Após uma boa noite de sono, saímos com destino à Lisboa., parando, no caminho, no Freeport Outlet, onde compramos agasalhos para a próxima viagem que já planejávamos, chegando à noite de volta a Lisboa. No outro dia devolvemos o carro que havíamos alugado e fomos passear pelo bairro de Belém. Conhecemos o Monumento Padrão do Descobrimento, o Mosteiro dos Jerônimos e a Pastelaria de Belém, em que são feitos os famosos Pasteis de nata que levam o nome do bairro. Quase tive overdose de tanto doce, mas valeu muito à pena.

Dedicamos o penúltimo dia da viagem para visitar a Casa Fernando Pessoa, que para mim teve um valor sentimental muito grande. O local é um minimuseu, em que se pode ver obras, manuscritos, objetos pessoais e diversas informações sobre o escritor, algumas expostas de modo interativo. Nem preciso dizer que saí de lá encantada.

Depois de quase vinte dias em Portugal, era chegada a hora de se despedir. Foi com um aperto no coração que deixamos a Terrinha, com a certeza de que não tardaríamos a voltar (espero).

Para encerrar, vamos de poesia…

Trago dentro do meu coração, como num cofre que não se pode fechar, todos os lugares onde estive, todos os pontos onde cheguei, todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias. E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero”.

Fernando Pessoa
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2 Resultados

  1. Tania Araujo disse:

    lugar lindo…amei

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