Waffle Belga de Liege
Estou com uma saudade tão grande de viajar que nem sei se tenho estrutura pra escrever este post. É que, das muitas coisinhas que provei por aí, o waffle belga é uma das minhas preferidas. Sei que já disse isso várias vezes por aqui e, olhando assim, até parece que gosto de todos os doces do mundo. A verdade, no entanto, é que eu só posto o que gosto, então, sabe como é né? Os preferidos é que aparecem neste blog.
O fato é que experimentei esse waffle pela primeira vez no interior da Bélgica, na cidade de Bruges. Não tenho palavras para descrever a sensação. Por lá haviam diversas barracas vendendo pelas ruas e é absolutamente impossível ignorá-las. O cheiro da manteiga e do caramelo é quase um feitiço.
Foi justamente tentando reproduzir isso que, desde o retorno para o Brasil, tenho tentado fazer o waffle em casa. Estudando sobre o assunto, descobri que os waffles que ganharam meu coração são os chamados Waffles de Liege, feitos com muita manteiga, ovos, farinha e açúcar em pérolas.
Infelizmente, esse tipo de açúcar não é encontrado por aqui (Amazônia, né?!). Por isso tive que fazer algumas adaptações, usando um açúcar demerara bem grosso, que encontro com mais facilidade. No fim das contas, a receita foi um sucesso.
Vamos lá?
INGREDIENTES:
- 30 ml de água morna
- 60 ml de leite morno
- 20 ml de mel
- 5 g fermento biológico seco
- 1 ovo
- 230 g de farinha de trigo
- 100 g de manteiga sem sal
- 1/2 xícara de açúcar demerara grosso
COMO FAZER:
MASSA E FERMENTAÇÃO
Como a listinha de ingredientes é um pouco extensa, o primeiro passo para que tudo dê certo é organizar todos eles sobre a mesa ou bancada de trabalho. Quando estiverem todos separados, pesados e organizados, vamos começar a execução da nossa receita.
Primeiramente, corte a manteiga em cubinhos bem pequenos e reserve.
Em seguida, misture a água e o leite em uma panelinha e leve ao fogo até ficar morno. Quando amornar, retire do fogo e coloque em uma tigelinha, acrescentando o mel e o fermento. Misture bem e deixe descansar por uns cinco minutos, até notar que o fermento começa a gerar uma espuma na superfície.
Quando isso acontecer, coloque a mistura de fermento, o ovo e a farinha de trigo na tigela da batedeira e, usando o batedor gancho, bata rapidamente apenas para misturar.
Mantenha a batedeira ligada e vá adicionando a manteiga pouco a pouco, colocando mais pedaços apenas quando os já colocados tiverem se dissolvido na massa. Aqui, eu costumo colocar a manteiga em umas cinco vezes mais ou menos.
Depois que incorporar toda a manteiga, bata a massa por mais uns cinco minutos, até que ela fique com uma consistência elástica e fofa ao mesmo tempo.
Então, coloque a massa em uma tigela e cubra com um plástico filme. Deixe ela fermentar em temperatura ambiente por duas horas. Quando esse tempo passar, a massa certamente terá dobrado de volume.
Então, faça algumas dobras nela para retirar o ar, cubra novamente a tigela e leve à geladeira para a segunda etapa da fermentação (à frio). Essa segunda etapa pode durar de 3 a 24 horas e a massa deve aumentar mais um menos um terço do volume.
Antes da segunda fermentação Após a segunda fermentação
A FINALIZAÇÃO
Passado o tempo de fermentação à frio, retire a massa da geladeira e coloque sobre uma superfície enfarinhada. Então, abra-a um pouco com as mãos e vá salpicando o açúcar. Quanto maiores forem os grãos de açúcar, melhor é o resultado.
Não se preocupe em misturar ou dissolver o açúcar, pois o que queremos é justamente que ele fique soltinho na massa. Faça algumas dobras na massa, para que se formem camadas de açúcar, de modo que ao cortar os pedaços, tenhamos massa recheada de açúcar.
Bom, assim que o açúcar for misturado, abra levemente a massa novamente e, com uma faca ou espátula, corte em pedaços médios (mais ou menos 4 cm). Então, acomode-os em uma assadeira e leve a geladeira, só para que a manteiga não derreta antes da hora.
Feito isso, coloque a maquina de waffle para esquentar. Quando estiver quente, abra e coloque um dos pedaços de massa, apertando bem na hora de fechar para que ele se espalhe. Então, é só esperar que o calor asse a massa e derreta o açúcar, formando uma irresistível casquinha de caramelo.
Ah, não precisa travar a máquina na hora de assar, pois a massa cresce bastante e se travar pode ser que ela acabe não conseguindo expandir muito bem. A depender do tamanho da máquina, pode colocar até mais de um pedaço por vez. A máquina aqui de casa é pequena, então colocamos um a um (no máximo dois).
Você pode ir servindo na medida em que ficam prontos ou pode esperar que todos eles assem. Confesso que aqui somos um tanto apressados e vamos comendo enquanto fazemos, mas se você for uma pessoa controlada, pode assar todos e servir juntinhos depois.
Como o waffle tem o caramelo, não costumamos servir com geleia, mas o céu é o limite, então dá pra usar a criatividade e inventar mil coberturas (um alô para a galera do leite condensado).
Bom, é isso, receitinha afetiva e deliciosa, pra te levar diretamente para as adoráveis ruas da Bélgica.
