Alaska – Talkeetna e Fairbanks
Depois da surpresa que foi encontrar uma cidade razoavelmente grande e com toda a estrutura americana que vemos no restante do país, começamos nosso caminho rumo ao Norte do Alaska. Estavam pela frente Talkeetna, Fairbanks, os parques no entorno do Monte Denali e os dias cada vez mais longos…
Antes de sair de Anchorage,tomamos café em uma padaria muito boa chamada Great Harvest e, de lá mesmo, já saímos com destino à Talkeetna, que ficava a 181 km.
Na saída da cidade, paramos em uma loja da Target para nos abastecer de lanchinhos para o longo trajeto e tomamos um café no Starbucks, só para dar aquela acordada básica.
Durante o trajeto, quase na metade do caminho, paramos em um estacionamento que marcava o início de uma trilha chamada Bird Trail, que levava até uma cachoeira.
Decidimos fazer a trilha e demoramos cerca de 40mim para percorrer os quase quatro quilômetros. A cachoeira não era lá essas coisas, tanto que nem foto ganhou, mas a trilha foi bem bacana.
Seguimos viagem, comemos umas besteiras pelo caminho e chegamos em Talkeetna por volta das 15h. Fomos direto para o Hotel que havíamos reservado (Chinook Cabins) e tivemos a primeira surpresa desse dia.
Era muito, mas muito mais bonito que nas fotos. As cabanas eram um charme, muito confortáveis e limpas. Além disso, a dona do local era muito simpática e bastante curiosa a respeito do Brasil.
Deixamos as coisas por lá e fomos ver de perto um dos “aeroportos” da cidade, que havíamos visto à beira da estrada. Talkeetna tem muitas empresas que fazem voos panorâmicos pelo Denali Park, e como o inverno dificulta um pouco a manutenção de pistas de pouso, é bem comum o uso de hidroaviões.
Depois, como o dia não acabava nunca… deixamos o carro no hotel e saímos, a pé, pela cidade.
O que dizer de Talkeetna? É uma cidade bem pequena, possível de ser atravessada a pé em menos de meia hora.Possui muitos restaurantes, lojas de lembrancinhas e tinha um gato, do tipo felino mesmo, como prefeito. Pena ele ter morrido antes de chegarmos lá.
A cidade não possui grandes pontos turísticos, embora ela, por si só, seja um verdadeiro ponto turístico.
É um lugar encantador, que parece não fazer parte desse mundo louco em que vivemos. Jantamos em uma cervejaria chamada Denali Brewpub, que é perfeita. As cervejas estavam ótimas e a comida também. Uma ótima forma de encerrar mais um dia.
No dia 26/06, acordamos bem cedo e fomos tomar café no Talkeena Roadhouse, um misto de hotel, pub e lanchonete, dependendo do horário em que você chegar.
Nas paredes do lugar, orgulhosamente, muitas fotos de alpinistas escalando o Monte Denali. Aliás, o clima do lugar era totalmente voltado para esse universo. Só isso já transformou o café-da-manhã em um evento maravilhoso.
Saímos de lá, dissemos adeus a Talkeetna e seguimos com destino a Fairbanks. Tínhamos cerca de 440 quilômetros de estrada pela frente, então não havia tempo a perder.
Como passamos em frente aos portões do parque Denali no caminho para Fairbanks, aproveitamos para garantir nossos ingressos para os passeios que faríamos ali na volta, que já estavam concorridos por conta do verão.
Apesar de longa, a viagem até Fairbanks foi bem tranquila. A estrada não tinha muito movimento e estava em ótimo estado, exceto por alguns pontos em obras, pois eles aproveitam o verão para isso.
Chegando a Fairbanks, resolvemos ir direto para North Pole, uma pitoresca cidade que se orgulha de ter a Casa do Papai Noel. Eu sei… é turistão. Mas foi divertido, embora o dono da casa não estivesse lá para nos receber…
Saindo de lá, retornamos até Fairbanks, onde passaríamos a noite no Best Western. Antes de fazer check in no Hotel aproveitamos o resto da tarde para passear pela cidade.
Começamos pelo Pionner Park, que é um parque bem bonito, que conta um pouco da história da região, com réplicas de construções da época da ocupação da costa oeste americana, além de um navio a vapor aposentado.
Depois, paramos o carro no estacionamento do Morris Thompson Cultural & Visitors Center, que infelizmente já estava fechado, e fomos andar um pouco pelo Griffin Park, que margeia o Chena River, bem no centro da cidade.
Ali vimos um monumento beminteressante, homenageando a força conjunta dos Estados Unidos e UniãoSoviética durante a Segunda Guerra, o Lend Lease Monument. Além de um chafariz com uma estátua representado os antigos povos locais (esquimós).
Após nosso pequeno passeio, deixamos as malas no hotel e saímos para jantar. Desta vez escolhemos o Pump House, um local afastado da cidade e que representava bem o Alaska da minha cabeça. Confesso que até hoje não sei bem como definir o restaurante. De todo modo, a comida estava divina e o ambiente era bem divertido.
Aproveitamos cada momento no restaurante, na cidade, enfim, nesse Alaska mais distante do burburinho de Anchorage e onde a noite não chegava nunca.
Juro que tentamos registrar o máximo de detalhes, mas existem certas coisas que não são passíveis de captação por uma câmera. As cores, cheiros, sabores, emoções… toda essa atmosfera é envolvente demais para caber em palavras ou em fotografias. Espaço para tudo isso, só mesmo na alma.
Querida Ilcemara. Que alegria ver seu blog com uma viagem que é meu sonho há muitos anos. Adorei suas postagens!! Saudades!
Sandra, que bom que você gostou e que bom que apareceu por aqui, fiquei muito feliz com nosso reencontro. O Alaska é impressionante, não dá para ser indiferente a ele. Tenho certeza que você vai amar. Já já saem os últimos posts dessa aventura.