Universal Studios e Kennedy Space Center

Depois de desbravar o mundo mágico da Disney era chegada a hora de conhecer o Kennedy Space Center e os Parques da Universal Studios. Entre um e outro, é lógico que também faríamos algumas comprinhas, já que ninguém é de ferro.

Para os próximos dias da nossa viagem escolhemos o Hyatt Place Orlando / Universal para nos hospedarmos, já que ele é perto dos parques da Universal e próximo de um dos outlets mais conhecidos da região, o Premium Outlet, onde, inclusive, fomos logo depois do check in no hotel.

Sei que existe muita fama em torno das possibilidades de compras em Orlando, mas confesso que não vi muita vantagem nesse outlet. Achei sem graça, feio, sujinho, bem diferente dos outlets que fomos perto de Nova York e Chicago. De todo modo, ficamos algum tempo por lá e voltamos para o hotel.

KENNEDY SPACE CENTER

No dia seguinte, em um dia mais light antes de iniciarmos a jornada pelos parques da Universal, nosso grupo se dividiu. Eu e Fellipe acordamos cedinho e fomos conhecer o Kennedy Space Center. As Alices foram às compras.

Pegamos a estrada em direção ao “parque” da NASA e, após algumas horas de viagem entre pântanos e florestas, vimos de longe as primeiras construções da base aérea e dos centros de lançamento do programa espacial americano.

Logo na chegada, pagamos o estacionamento e fomos para um dos guichês trocar o voucher que havíamos adquirido na agência de turismo do hotel pelos nossos ingressos. A entrada do parque já explica a origem do nome, que é uma homenagem ao presidente americano John F. Kennedy, fazendo referência a um de seus mais famosos discursos.

Começamos o passeio por um jardim onde estão expostas réplicas, em tamanho real, de vários foguetes famosos do início da exploração espacial. É impressionante ali ver a desproporção entre o tamanho dos foguetes e das cápsulas que levaram os primeiros seres humanos ao espaço. Dá até pra entrar em algumas réplicas das cápsulas, pra ter uma leve ideia do quão desconfortável devem ter sido as viagens.

Fomos, então, direto ao ponto de ônibus onde saem os passeios às plataformas de lançamento. Existem vários tipos de passeio partindo dali. Desde o básico roteiro de ônibus, já incluído no ingresso que compramos, até uma super excursão de dia inteiro, guiada por um astronauta, em que é possível descer do veículo e ver de perto várias das imensas estruturas.

Como não tínhamos muito tempo, optamos por fazer apenas o passeio mais simples, que já começa passando ao lado daquela que, talvez, seja uma das maiores construções que já tenhamos visto na vida. O VAB – Vehicle Assembly Building é o local onde foram montados os foguetes do programa Apollo e, sinceramente, não consigo encontrar uma maneira de descrever o tamanho do prédio, que tem 160 metros de altura e 157 metros de comprimento.

Na verdade, mesmo vendo pessoalmente é difícil entender o quão grande ele é. Nosso cérebro só foi começar a processar o tamanho quando o guia/motorista do ônibus mostrou um trator, que, ao lado do prédio, parecia uma miniatura.

Vimos também o Crawler, um imenso veículo que transportava os foguetes do VAB até a plataforma de lançamento. Passamos pelo galpão onde são montados os foguetes da SpaceX e por várias plataformas de lançamento, algumas ainda em uso, incluindo a famosa 39-A, de onde partiu a missão Apollo 11, primeira a pousar na Lua.

O ônibus para, então, no Apollo / Saturn V Center, onde está exposto um dos foguetes construídos para as missões Apollo, o Saturno V, que tem incríveis 110 metros de comprimento. O detalhe é que não é uma réplica, é realmente um dos foguetes, que acabou não sendo usado nas missões e, atualmente, está pendurado no teto de um galpão gigantesco.

Dentro desse galpão está uma das cápsulas utilizadas nas viagens à lua, resgatada após o pouso no mar. Nesse espaço existe também um pequeno restaurante, loja de souvenirs, trajes espaciais e uma pedra trazida da Lua, que você pode tocar, tudo muito bem feito e bem cuidado. Além disso, existem alguns passeios guiados gratuitos que vão passando pelos objetos expostos. Saindo do prédio, há um jardim com um memorial aos astronautas que realizam o primeiro pouso na lua.

De lá, pegamos novamente o ônibus para voltar à parte principal do parque, onde fomos direto conhecer o prédio dedicado aos Ônibus Espaciais. Ali, há a exibição de um filme contando a história do desenvolvimento dos chamados Space Shuttles, que acaba de forma emocionante (não vou contar para não estragar a surpresa).

Lá está exposto o ônibus espacial Atlantis, que subiu várias vezes à órbita terrestre, além de uma réplica, em tamanho real, do telescópio Hubble. Além disso, há um simulador de missão espacial muito bem feito, embora menos emocionante do que os que havíamos visto na Disney.

Depois de um dia quase todo entre foguetes, voltamos a Orlando para nos juntar a nossas companheiras e encerrar nossos passeios e compras na cidade, pois, no dia seguinte de manhã os parques nos aguardavam.

UNIVERSAL ORLANDO

Para aproveitar bem o tempo, como sempre, acordamos cedinho, tomamos nosso café da manhã e, usando o transporte fornecido pela Universal em convenio com o hotel, seguimos para o parque. Chegamos poucos minutos antes da abertura dos portões e pegamos um pouquinho de fila nas catracas de entrada.

Havíamos decidido gastar um dia em cada um dos parques da Universal, para fazer tudo com calma. Até por isso, compramos os ingressos na modalidade park-to-park, que, como explicado no post anterior, possibilita o livre tráfego entre os dois parques.

Começamos pelo Universal Studios. Após entrar, passamos rapidinho pela área dos Simpsons e do Scooby-Doo, parando só pra tirar umas fotinhas. Em seguida já corremos para o grande objetivo do dia.

Chegamos então à área de Harry Potter que recria o beco diagonal. A primeira atração do dia foi Harry Potter and the Escape from Gringotts, um simulador muito impressionante que te leva às profundezas do famoso banco bruxo.

De lá fomos até a loja do Sr. Ollivanders, onde uma integrante do nosso grupo conseguiu uma varinha verdadeiramente mágica, que faz mágicas de verdade em vários locais do parque. 😉 E continuamos explorando a área.

Aproveitamos nossa passagem pelo beco diagonal para provar a famosa Cerveja Amanteigada, em uma banca em frente ao Caldeirão Furado.

Então, pegamos o Hogwarts Express do Universal Orlando para ou outro parque, Islands of Adventure, onde continuamos imersos na história do bruxinho, conhecendo as atrações Harry Potter and the Forbidden Journey, numa mistura de montanha russa e simulador dentro do próprio castelo da escola, e Flight of the Hippogriff, uma pequena montanha russa perto da cabana do Hagrid.

Nossa ideia era encerrar as atrações de Harry Potter neste dia, mas infelizmente a atração mais disputada da área, e dos parques da Universal, a Hagrid’s Magical Creatures Motorbike Adventure, estava fechada na hora em que chegamos lá. Por isso fomos almoçar no Três Vassouras (Three Broomsticks), que reproduz com perfeição o famoso restaurante da história.

Optamos, então, por continuar no Island of Adventure e conhecer as outras atrações que estavam na nossa lista de interesses. Começamos pela Jurassic Park River Adventure, onde navegamos por um rio entre dinossauros com uma bela surpresa no final do percurso, e aproveitamos o Jurassic Park Discovery Center para nos esconder um pouco do sol.

Depois, fomos até a Skull Island: Reign of Kong, antes de nos aventurarmos pela atração mega molhada e emocionante chamada Dudley Do-Right’s Ripsaw Falls. Uma dica: use os guarda-volumes que ficam próximos à entrada do brinquedo, pois todo mundo sai bem molhado de lá.

A última atração do grupo foi The Amazing Adventures of Spider-Man, um simulador não muito famoso que nos surpreendeu por ser bem divertido. As corajosas e destemidas Alices ainda encararam a apavorante Montanha Russa do Hulk e a Doctor Doom’s Fearfall, uma torre bem alta, com uma subida super rápida de onde, dizem, é possível ver todo o parque da Universal.

Como não acompanhamos a coragem das Alices, vou abrir espaço para as impressões da Alice Mãe desses dois brinquedos:

Na verdade, eu não estava muito empolgada com os parques da Universal. Minha atenção estava toda direcionada à Disney, para aquela magia e encantamento que faz feliz a criança que existe dentro de você. Confesso que nos parques da Universal fui levada pela curiosidade de conhecer a área do Harry Potter e aproveitar outros brinquedos, claro, mas tudo sem muita altura e velocidade. Não tinha a mínima intenção de ir nos brinquedos mais radicais e também não acreditava que minha filha tivesse coragem de ir, isso até nos depararmos com o Doctor Doom’s Fearfall, carinhosamente apelidado de “extrator de almas” pela Mara.

De forma convicta, a Alice Gabriela (Alice filha) disse que queria ir. De início, achei que era brincadeira e eu não iria. Claro que falei isso acreditando que entre o Fellipe e a Mara surgiria uma alma bondosa a acompanhá-la. Ledo engano!! Logo vi que para o Fellipe a decisão em não ir estava tomada, sem mínima chance de voltar atrás! Já a Mara decidiu que o laço do matrimônio que a une ao Fellipe era motivo suficiente para impedi-la de ir naquele brinquedo sem a companhia dele!

Bom, a filha era minha, o problema era meu. Analisei o brinquedo e pensei que não deveria ser tão sofredor, afinal era rápido, era só ficar de olhos fechados que não teria noção de onde eu estaria, se nas alturas ou em terra, e logo acabava!!! Outro engano!! Você já sente algo muito fora da normalidade só em se instalar no assento e colocar os equipamentos de segurança. Quando você menos espera já está nas alturas!!! Fechar os olhos?! Nem dá tempo!! E quando você menos espera de novo, se depara com a sensação mais esquisita do mundo: seu corpo está lá embaixo e sua alma permanece nas alturas! Eis aí a origem do apelido carinhoso de “extrator de almas”!!

Mas hoje posso dizer que foi sensacional!! E o melhor!! Foi um super tratamento de choque para reduzir meu medo de altura. Acredito que, para curar completamente esse medo, preciso ir novamente.

Depois do “extrator de almas” nada mais me assustaria, até chegarmos perto da famosa Montanha-russa do Incrível Hulk!

Fui categórica ao afirmar que NÃO iria! Mas enquanto eu ficava afirmando isso, a Gabi já Estava diante da fita métrica para confirmar que possuía altura mínima para o brinquedo e, infelizmente já estava alta o suficiente!! Inclusive ultrapassou em meio centímetro a altura mínima!! E, como nessas horas tudo conspira contra, o tempo da fila de espera era de apenas 5 minutos. Então, novamente a filha era minha, o problema era meu, não me restou alternativa senão acompanhá-la.

Enquanto subíamos pelos corredores, o fascínio e o medo aumentavam, e eu pensando na estratégia, que agora daria certo, de ficar com os olhos fechados o tempo inteiro. Aquele foi o único brinquedo que o tempo de espera na fila passou com velocidade absurda e, para minha surpresa, no momento em que estávamos entre os oito primeiros da fila, a corajosa Alice Gabriela “amarelou”! Disse: mãe, a senhora quer desistir?!Quaaase desisti, mas respondi que não!! Chegamos naquele local e nós duas iríamos na bendita montanha-russa!

E fomos!! De olhos fechados? Só até o primeiro grito, ou seja, só até a largada do carrinho, porque desta vez abrir os olhos e curtir toda aquela adrenalina foi um ato consciente meu e, na verdade, ainda bem que fiz isso.

Foram dois minutos muito insanos, looping atrás de looping, gritos e mais gritos!! Jamais me imaginei com tamanha coragem. A sensação é indescritível, acredito que vou lembrar para sempre aquela confusão de sentimentos: medo, coragem, desafio e satisfação. É como dizem, “Adrenalina pura”!! E eu iria novamente? siiimmm!!!

Encerramos nosso passeio à tardinha e voltamos para o Hotel, de onde saímos pouco tempo depois para jantar no TGI Fridays, que fica bem pertinho, no saguão do hotel vizinho.

No outro dia, entramos direto no Islands of Adventure para tentar conhecer a Hagrid’s Magical Creatures Motorbike. Enfrentamos fila para entrar no parque e uma fila gigantesca para a atração. Foram mais de duas horas na fila, que tomou boa parte do parque, mas valeu muito a pena. A atração é incrível.

Como essa era a única do Islands of Adventure que havia ficado de fora no dia anterior, saímos da montanha russa e pegamos o Hogwarts Express no sentido contrário, viajando de Hogsmeade para Londres, chegando ao Universal Studios.

Lá, começamos nosso roteiro pela Revenge of the Mummy, outra incrível surpresa, numa montanha russa indoor cheia de efeitos especiais. Fizemos uma pausa para o almoço no Finnegan’s Bar & Grill, um restaurante irlandês escondido na área do parque que imita Nova York.

Continuamos as aventuras na atração de Transformers, que também é um simulador e te coloca dentro de uma batalha entre os Autobots e os Decepticons. Seguimos para a atração E.T. Adventure, que relembra o clássico filme de Steven Spielberg, voando com uma bicicleta sobre o cenário e fizemos uma última visitinha a Springfield.

Fomos ainda para a curta e democrática montanha russa do Pica Pau, que foi tão rápida que resolvemos repetir (sim, dura poucos segundos). Encerramos o dia com o simulador dos Simpsons, que achei mais sem graça de que os outros (mas o Fellipe gostou, talvez por ter mais afinidade com os personagens). Assim, encerramos nosso roteiro e, cansados ao extremo, voltamos para o hotel nos arrastando.

O restinho de energia que possuíamos foi gasto arrumando as malas, que já estavam bem mais cheinhas. No outro dia sairíamos cedo com destino à Miami.

MIAMI

Ficamos pouquíssimo tempo em Miami, então não tivemos oportunidade de fazer muitos passeios. Nosso hotel era muito bem localizado, em South Beach, e pudemos dar um pulinho para conhecer a praia e ficar ali alguns minutos.

Demos uma volta em uma rua destinada apenas ao trânsito de pedestres chamada Lincoln Road, um verdadeiro shopping a céu aberto no centro de Miami Beach, onde comemos a melhor pizza da viagem, na Spris Pizza.

Aproveitamos também para fazer um tour pelas lojas de departamento e comprar os últimos itens que faltavam nas nossas listinhas. A bem da verdade, compramos até coisas que não estavam nas listas.

Apesar de não termos tido tempo para conhecer de verdade a cidade, foi o suficiente para ter vontade de voltar. Pelo pouco que vimos, a cidade é muito descolada e alto astral.

Depois de dias intensos, recheados de atividades e desafios, encerramos nossa viagem. Sem contratempos ou dissabores, com a memória cheia de boas lembranças e alma leve. A diversão e o descompromisso de uma viagem como esta deixa tudo mais calmo. Podemos nos dar ao luxo de simplesmente acreditar. Nos contos, na vida e nas amizades que se fortalecem…

The end.

Gostou? Compartilhe este post...

Você pode gostar...

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *