Epcot, Animal Kingdom e Magic Kingdom

EPCOT

Depois do deslumbramento inicial e de uma boa noite de sono, começamos cedo também nosso dia de passeios pelo Epcot, como de costume. Tomamos café no hotel e pegamos nosso ônibus para conhecer mais um parque. Estávamos com alguns fast passes marcados e com a lista de atrações que desejávamos conhecer. Além disso, reservamos algum tempo para aproveitar o Epcot International Food & Wine Festival, um festival gastronômico anual do parque que estava acontecendo naqueles dias.

O Epcot é um parque bem diferente dos demais. Não possui tanto apelo infantil e, talvez por isso, costume ser mais vazio. Existem diversas atrações similares aos outros parques, mas uma extensa área é formada por pavilhões que fazem alusão a diversas regiões do mundo. Era justamente nessa parte que estavam espalhadas diversas barracas com comidas e bebidas típicas de vários países.

Logo na entrada já tiramos nossa primeira foto com personagem da Disney. Assim que passamos pelas catracas do parque o Pluto estava nos esperando de patas abertas. Isso acabou se repetindo por várias vezes no decorrer do dia, com diversos outros personagens…

Nós começamos nosso roteiro pelo Soarin’ Around the World, que é uma das melhores atrações do Epcot, na minha opinião. É um simulador muito interessante, em que você sobrevoa diversas partes do mundo. Fica dentro de um grande pavilhão, com restaurantes e outras atrações que acabamos não tendo tempo para conhecer.

Em seguida fomos até o Mission Space, que simula um lançamento e viagem espacial. Eu não gostei. Na verdade, até gostei da ideia, mas fisicamente não foi legal. Não cheguei a passar mal, mas fiquei meio grogue por um bom tempo.

O brinquedo, na verdade, é uma centrífuga gigante, onde você fica em pequenas cabines que simulam uma nave espacial. O giro, que você não percebe de dentro do brinquedo, serve para simular os efeitos da força G no corpo do tripulante na decolagem e nas manobras espaciais. Foi realista demais pra mim, mas Fellipe e Alice Filha adoraram. Saímos do Mission Space e ficamos algum tempo na atração chamada Advanced Training Lab (Fellipe e Alice Filha brincando e eu jogada em um banco).

Fomos, então, até a Spaceship Earth, atração que fica dentro daquele globo famoso do parque, que aparece em todas as fotos do Epcot. A atração é bem calminha, boa para descansar e escapar um pouco do calor.

Saímos de lá e já começamos a andar em direção aos pavilhões, que estão espalhados em torno de um grande lago. Estava um calor surreal e isso tornou o passeio bem cansativo, tanto que nesse dia nosso grupo se dividiu. Fomos todos juntos até a barraca de comidas da Austrália, logo no início dos pavilhões, onde fizemos nossa primeira parada gastronômica. De lá, as Alices atravessaram o lago de barco para o pavilhão da França, voltando em seguida para a saída do parque, de onde foram para o hotel, pois estavam cansadas.

Como a nossa curiosidade era maior que o cansaço, resolvemos ir andando por toda a área dos pavilhões, de forma que conseguimos passar rapidamente por todos eles. Ainda bem que havia muitas barracas e lojinhas, algumas com ar condicionado para nos refrescar. Além disso, em muitas das barracas do festival havia cervejas típicas, que caíram muito bem em uma tarde ensolarada.

Neste dia, não tivemos um almoço propriamente dito, mas experimentamos diversas opções de comida do festival. As porções eram pequenas, então dava para degustar um pouquinho de cada. Começamos comendo uma porção de cordeiro e uma pavovla desconstruída na barraca da Austrália, que estava maravilhosa.

Depois, passando pelos pavilhões do Canadá e Reino Unido, chegamos ao pavilhão da França, onde comemos carne com molho de vinho na respectiva barraca. Ainda em “terras francesas”, tomamos um delicioso sorvete antes de seguir nossa viagem até o Marrocos, onde prédios que imitavam a arquitetura típica do Oriente Médio, com revestimentos bem coloridos, compunham a paisagem.

Depois do Marrocos, visitamos os pavilhões do Japão, Estados Unidos, Itália e Alemanha, onde experimentamos um Struddel. Em algum lugar desse percurso havia uma barraca da Bélgica e, é claro, paramos para tomar cerveja e matar um pouco da saudade.

Passamos então pela China e chegamos ao pavilhão da Noruega, onde fica uma das atrações mais populares entre as crianças, que é a do filme Frozen. Quando chegamos ali, já estávamos derretendo por conta do calor (quase como o Olaf no verão) e decidimos fazer uma paradinha estratégica na área de encontro com as princesas Elsa e Ana. Além do cenário e das princesas serem uma graça, ainda tinha ar condicionado para aplacar o calor.

Antes das 16h, estávamos saindo do parque com destino ao Hotel, exaustos por conta do calor e da caminhada. Para nós o passeio no parque valeu muito à pena. Os pavilhões reproduzem muito bem as regiões e em cada um deles há fortes traços da cultura e gastronomia local, então é bastante enriquecedor. Ainda assim, tenho a impressão de que essa parte do parque não chama muito atenção das crianças, então é bom avaliar se vale a pena ir com os pequenos.

Analisando agora, acho que nossa estratégia para conhecer o Epcot não foi a melhor, porque aproveitamos as atrações cobertas de manhã, quando o sol estava mais fraco, e fomos andar pelos pavilhões a céu aberto, bem perto do meio dia. De todo jeito, tem certas coisas que a gente só percebe depois.

Depois de descansar um pouco no hotel, fomos ao Walmart de Uber, onde compramos comida para reabastecer nosso estoque de lanchinhos. Estávamos todos tão cansados que ninguém se animou a sair para jantar.

ANIMAL KINGDOM

O Animal Kingdom foi bem desafiador. Havia uma série de atrações que queríamos conhecer e para a mais disputada delas, Avatar Flight of Passage, não havíamos conseguido o fast pass. Ficamos algum tempo planejando como tentaríamos otimizar nosso dia no parque, porque, além dela, também queríamos fazer o safari, que tinha que ser cedo, pois, assim como num safari de verdade, é quando os animais estão mais ativos.

Depois de avaliar as nossas possibilidades, decidimos ir direito para o safari, chamado Kilimanjaro Safaris. Novamente chegamos bem cedo e ficamos na fila esperando a atração abrir, entrando logo na primeira leva. Na atração você entra num jipe e vai passando pelos habitats para ver os animais. Como fomos logo pela manhã, conseguimos ver todos bem na hora em que iniciavam sua jornada diária.

Saindo de lá, andamos de forma bem rápida pela área da Africa, onde ficava essa atração, e seguimos para a área de Avatar. Talvez este tenha sido o momento mais espetacular do dia. Não apenas as atrações, mas a área de Avatar inteira é inimaginável. É tudo perfeito, todos os detalhes estão reproduzidos fielmente.

Essa área tem duas atrações que estavam na nossa lista: a Flight of Passage, para a qual não tínhamos conseguido fast pass e a Na’vi River Journey, para a qual tínhamos um horário marcado.

A Na’vi River Journey é bem light. É como um barquinho navegando pelo mundo de Avatar. Os efeitos são lindos e o passeio casa muito bem com o restante da área. Não diria que é imperdível, mas vale muito a pena, principalmente para crianças.

Saímos da atração e, sabendo que algum tempo de fila nos aguardava, fomos para a Flight of Passage. Ficamos mais de uma hora na fila, mas foi um tempo pequeno diante da grandiosidade da atração. É um simulador onde você voa montado em um Banshee, um daqueles bichos voadores gigantes do filme. Tudo é tão real, mas tão real, que às vezes eu até fechava os olhos com medo de cair. Aí lembrava que as imagens eram lindas demais para não serem vistas. Se eu tivesse que escolher apenas uma atração da Disney para voltar, com certeza seria essa.

Nosso dia estava super cheio, então saímos da área de Avatar e seguimos nosso roteiro. Fomos a uma montanha russa chamada Expedition Everest, que é muito, mas muito louca, talvez a mais louca que enfrentamos na viagem. Nela, o carrinho passa por diversos túneis dentro do monte Everest, perseguindo ou sendo perseguido pelo Yeti. Ficamos bem no primeiro carrinho logo de frente para o inesperado, então nossas surpresas foram bem “autênticas”, como dá pra ver na foto…

De lá, fomos ao Kali River Rapids, onde nos refrescamos descendo corredeiras em uma “bóia”, ao Dinosaur, onde fazemos uma pequena viagem no tempo para a época dos dinossaros e ao Maharajah Jungle Trek, onde vimos tigres, búfalos, dragões de komodo e outros bichos nativos de várias partes do mundo. Como o calor estava grande e as filas do parque pequenas, resolvemos repetir a dose no Kali River Rapids antes de ir embora.

Encerramos nossos passeios, tiramos algumas fotos da imensa e linda Árvore da Vida, que fica bem no centro do parque e, por volta das 17h, pegamos o ônibus de volta ao hotel, novamente exaustos.

Acredito que o Animal Kingdom tenha sido o parque no qual mais caminhamos em toda a viagem. Os ambientes reproduzidos são lindos e muito diferentes entre si, então a gente acaba passeando por todos eles. Além disso, há vários personagens interagindo e tirando fotos com os visitantes, o que motiva ainda mais as caminhadas.

À noite, fomos conhecer o Disney Springs, que nos surpreendeu pelo tamanho e quantidade de lojas e restaurantes. Andamos por algumas lojas e escolhermos jantar no Chef Art Smith’s Homecomin’. Estava tudo maravilhoso, o lugar, a companhia, a comida e as bebidas.

MAGIC KINGDOM

Era nosso último dia de parque na Disney. Havíamos começado nossa jornada pelo Show de fogos do Magic Kingdom e encerraríamos nosso passeio pelas atrações do parque mais famoso de Orlando.

O parque, que é o mais antigo do complexo Walt Disney World, é dividido em 6 áreas: Mains Street, Adventureland, Frontierland, Liberty Square, Fantasyland e Tomorrowland, todas ao redor do castelo da Cinderella, construção que pode ser vista de quase todo o parque. Cada uma das áreas possui atrações, personagens e temáticas diferentes.

Começamos nosso roteiro pela Space Mountain, na Tomorrowland, uma montanha russa indoor bem emocionante e, em seguida, fomos em uma atração bem sem graça chamada Buzz Lightyear’s Space Ranger Spin, onde, basicamente, você tem que atirar em alguns alvos com uma arminha estranha (protestos do Fellipe pelo “bem sem graça”: ele gostou). A vantagem é que estava bem fresquinho lá dentro.

Depois, fomos enfrentar uma fila no Princess Fairytale Hall, já perto do castelo, onde tiramos fotos com a Cinderella e com a Elena de Avalor. De lá, fomos para a montanha russa mais disputada do parque, a Seven Dwarfs Mine Train, em Fantasyland, que é bem divertida, apesar de menos radical que as que havíamos experimentado.

Fizemos uma pausa para o almoço no Columbia Harbor, na Liberty Square, e aproveitamos para andar pela parte central do parque enquanto esperávamos o horário da parada, um desfile dos personagens em verdadeiros carros alegóricos, que passa diariamente por grande parte do parque, bem parecidos com os que vemos no carnaval brasileiro.

Durante nossa despretensiosa caminhada pelas ruelas do parque, foi praticamente unânime a sensação de encantamento e admiração pelo sonho criativo de Walt Disney, compartilhado com todos através da construção do Magic Kingdom. Todos os parques são lindos, cada um com suas peculiaridades, mas indubitavelmente, o Magic Kingdom não é mágico apenas no nome. É ele que nos remete às lembranças da infância, aos contos e ilusões, hoje cada vez mais raros.

Aproveitando que o parque estava bem tranquilo, passamos um bom tempo flanando por lá, até que, enfim, o horário da parada se aproximava. Encontramos um lugar bem simpático, em uma sombra, bem pertinho de onde os carros passariam, e nos alojamos. Poucos minutos depois, a graciosidade do desfile já enchia nossos olhos com cores vibrantes e uma alegria contagiante.

Com o término da parada decidimos nos aventurar em terras gastronômicas e fomos experimentar um doce bem famoso no parque, o funnel cake. Como descrever essa iguaria? Bom, é parecido com um waffle, mas um tantinho mais doce, e frito. Coberto com calda de morango e creme de chantilly. Doce, mas tão doce, que dói até a alma. Para evitar que os índices glicêmicos fossem às alturas, tivemos maturidade e dividimos o doce entre nós quatro, assim a consciência não pesou tanto.

Encerrada a hora mágica da comilança desmedida, fomos até o Peter Pan’s Flight, uma atração bem antiga, mas muito emblemática, onde voamos sobre Londres, reproduzindo as cenas do desenho animado. Não dá para dizer que é imperdível, mas como eu sempre gostei muito do conto, achei bem legal.

Neste dia, fomos também em uma montanha russa chamada Big Thunder Mountain, que se parece com aquela dos sete anões, mas um pouco mais radical. De lá, mais uma para a lista, a Splash Mountain, que é menos radical do que aparenta. Acham que acabou? Pois nunca acaba. Os pés doíam, o cansaço chegava, mas a vontade de eternizar o último dia de Disney não nos deixava ir embora.

Nessa saga de tentar aproveitar até o último instante, ainda deu tempo de ver a Haunted Mansion, que, apesar dos efeitos especiais muito bons, não tem nada de assustadora. Pela foto aí embaixo pode até parecer que eu estava um pouco assustada, mas juro que não. Na verdade, estava mais desconfiada, analisando os milhares de detalhezinhos da atração.

A surpresa, no entanto, ficou por conta da atração dos Piratas do Caribe. Já no finzinho do dia, quando nos encaminhávamos para a saída do parque, resolvemos conferir uma das atrações mais antigas e tradicionais do parque. É um passeio por cenas que contam uma aventura no mundo dos piratas, tão divertido e querido pelos visitantes que inspirou a criação da franquia no cinema, estrelada pelo capitão Jack Sparrow. Realmente é uma atração impressionante.

Quando o corpo já estava no limite, nos despedimos do Magic Kingdom e, enfim, voltamos para o hotel. Ainda tivemos ânimo para voltar ao Disney Springs e comprar as últimas lembrancinhas e pelúcias temáticas, porque a loucura Disney é real. A gente passa o dia inteiro imerso no mundo mágico dos personagens e ainda quer levar todas aquelas coisinhas fofinhas embora.

Em todos os parques, hotéis e demais pontos do complexo há lojas de lembracinhas e pelúcias, prontas para atacar o dinheiro de dentro da sua carteira. Mas no Disney Springs há uma loja enorme, que reúne quase tudo que você encontra espalhado pelas outras lojas, sendo um ótimo lugar para gastar os últimos dólares antes de prosseguir a viagem.

No outro dia, depois do check out no hotel, pegamos o carro que nos acompanharia até o fim da viagem e fomos até o Sanaa, um restaurante que fica no Animal Kindgom Resort, um dos hotéis temáticos do complexo Disney, que remete a África. Tomamos um café da manhã reforçado, com temperos e combinações típicas do continente africano, enquanto olhávamos os bichos na área externa.

Nosso próximo destino eram os parques da Universal e, junto com a tristeza de ter que ir embora da Disney, estava a ansiedade por novas descobertas.

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