Toronto – Conhecendo a maior cidade do Canadá

Deixamos para trás a charmosa região dos vinhos e tomamos o caminho de Toronto. No retrovisor, as fazendas bucólicas, as vinhas prontas para despertar e um mundo de calmaria. À nossa frente, a frenética e diversificada Toronto, a maior cidade do Canadá.

O trajeto entre Niagara e Toronto não demorou mais que duas horas. A viagem foi bem tranquila e fomos direto até o aeroporto devolver o carro. De lá, pegamos um trem até a Union Station. Principal estação de trens da cidade, localizada bem no meio de Downtown. Chegando à estação, optamos por ir caminhando até o hotel, mas dessa vez, nossa caminhada seria um pouquinho diferente.

É que em Toronto, assim como em Montreal, há muitas ruas subterrâneas, que, além de ligarem a parte central da cidade, contam com restaurantes, lojas diversas e uma série de serviços. O sistema, que já foi reconhecido pelo Guiness como o maior complexo subterrâneo do mundo, alcança grande parte do centro da cidade e entornos. Pelo PATH, que é como é chamado, é possível se locomover entre vários prédios sem precisar sofrer com as baixíssimas temperaturas do inverno canadense.

Como era a nossa primeira vez andando pelo PATH, acabamos nos enrolando um pouco, pois à primeira vista as coisas são meio labirínticas. Nada que uma olhadinha nos mapas (e uma ajudinha dos funcionários do lugar) não resolva.

Depois de alguns minutos caminhando, subindo e descendo escadas rolantes, enfim chegamos à porta que indicava a entrada subterrânea do nosso hotel, o One King West Hotel. Entramos e depois de uma curta caminhada por um hall cheio de quadros e fotografias antigas, chegamos à recepção.

O hotel fica bem no centro de Toronto e coladinho a uma estação de metrô. A sede ocupa um prédio histórico construído em 1914, que preserva uma arquitetura e decoração muito bacana. A propósito, uma das atrações que geram curiosidade dos turistas que visitam o centro de Toronto está justamente no saguão do hotel: um cofre gigante, bem antigo, da época em que no local funcionava o Toronto Dominion Bank, um dos primeiros bancos do Canadá.

Fizemos os procedimentos de check in e, em seguida, fomos para o quarto. Ficamos em um andar bem alto, na moderna torre construída junto ao prédio histórico do hotel. Da janela, podíamos ver parte dos imponentes prédios do centro. O quarto era bem grande e muito confortável, mas não havia tempo para descanso. Deixamos as nossas coisas por lá e saímos em busca de um supermercado.

Andamos algumas quadras, debaixo de uma garoa bem gelada, e chegamos até um supermercado da rede Metro. Lá, compramos água, lanchinhos e uma salada para o almoço. Não me julguem, mas eu sou do tipo que come salada quando viaja.

Então, voltamos para o hotel, fizemos nossa refeição no quarto e saímos para começar a explorar a cidade. Fomos caminhando até a Nathan Phillips Square onde está o famoso e fotogênico letreiro de TORONTO.

A praça é muito bonita, nela fica a sede da Prefeitura de Toronto, em um prédio curvo, de arquitetura bem moderna. Mas bem ao lado, atravessando a Bay Street, fica a antiga sede da prefeitura, num prédio histórico inaugurado ainda em 1899, ilhado no meio de todos os arranha-céus da região. No momento em que fomos, a luz estava muito agradável, o que destacou o contraste entre as construções antigas e os prédios espelhados.

Bem em frente ao letreiro com o nome da cidade há um grande espelho d’água, que durante o inverno é transformado em rinque de patinação no gelo. Mas estávamos bem na transição entre estações. Por isso, tive a impressão de encontrar a praça ainda um pouco bagunçada

De lá, seguimos até o Eaton Centre, um shopping enorme e muito bonito. Fica ao lado da antiga sede da prefeitura e é totalmente integrado ao PATH. O shopping estava bem cheio e, embora as lojas parecessem ótimas, nossos planos não envolviam compras nesse dia.

Na nossa caminhada ainda tiveram vez as diversas igrejas espalhadas pela região, todas muito simpáticas. Além disso, não deu para ignorar os lindos murais perdidos nas movimentadas ruas da cidade.

Voltamos caminhando para o hotel, ficamos descansando um pouquinho e à noite jantamos no restaurante francês Biffs’s Bistro. Aliás, a cultura francesa é bem marcante no Canadá, tanto que, oficialmente, o país tem o Francês como uma das línguas oficiais. 

Quando formos falar de Montreal, vamos tratar mais dessa presença marcante, mas por enquanto, basta dizer que o restaurante era uma graça e, de fato, nos remeteu à França. Pedimos um coq au vin e uma carne de porco e ambos estavam muito bons.

Encerrado o jantar, deixamos o restaurante e fomos enfrentar a gélida noite que nos esperava do lado de fora. Ainda bem que o hotel estava a uma curta caminhada, então o frio foi só para dar aquele sustinho.

No outro dia, começamos nosso roteiro tomando um belo café no Aroma, um lugar simples, moderninho e com um excelente custo benefício. Saindo de lá, fomos até o Berczy Park, onde há uma divertida fonte com 28 esculturas (27 de cachorros e uma de gato).

Aproveitamos para tirar algumas fotos do icônico Gooderham Building, um edifício histórico muito bonito, bem no centro financeiro de Toronto, que conta com um mural muito interessante do canadense Derek Michael Besant, que remete à arquitetura original do prédio.

Falando em prédios históricos, nosso próximo ponto foi o Osgoode Hall, que abriga uma espécie de Palácio da Justiça. É uma construção bem grande, que teve início lá pelo ano de 1830. Existem visitas guiadas para entrar e conhecer o local por dentro, mas optamos por priorizar outros passeios. Ainda assim, a fachada é linda e vale uma espiadinha.

Nossa tarde foi destinada a conhecer outra região de Toronto, o Distillery District. Não era tão longe do nosso hotel, mas o serviço de transporte funciona tão bem em Toronto que acabamos resolvendo economizar as pernas. Pegamos o streetcar (que é como eles chamam os bondes elétricos da cidade) bem em frente ao hotel e, em poucos minutos, estávamos na entrada do lugar.

O Distillery District era uma área industrial, que abrigava uma destilaria, e ficou meio abandonado por um período. Há alguns anos, contudo, foi revitalizado e transformado em uma região turística muito interessante. Conta com galerias de arte, restaurantes, lojas descoladas e bares. Fomos bem no fim da tarde e a luz estava espetacular, realçando bastante as cores terrosas das construções antigas.

Ficamos por lá um pouco caminhando pelos becos e, antes do pôr do sol, voltamos para o centro. Chegando ao hotel, a fome apertou. Então, fomos jantar em uma pizzaria chamada Libreto, bem perto do centro.

O local é bem simpático e as pizzas estavam muito boas. A massa era bem fininha e crocante, com coberturas muito bem feitas. A pizza de cogumelos é um espetáculo!

Encerrado o jantar, fomos descansar, afinal, o dia havia sido longo e os planos para os próximos dias eram promissores e igualmente instigantes. Museus, parques e mercados: a moderna e cosmopolita Toronto estava de portas abertas para nos receber. E nós, de coração aberto para tudo o que estava por vir.

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