Toronto – cultura e diversidade

Nosso terceiro dia em Toronto também tinha a agenda bem cheia. Começamos com uma visita ao High Park, um parque enorme bem no meio de Toronto, ladeado pelo lago Grenadier. O lugar é um refúgio verde entre os prédios e costuma ser bem movimentado. Ele abriga simpáticos esquilos e muitas espécies de pássaros.

Em razão da época do ano, as árvores estavam meio tristes, mas ainda assim foi um passeio bem legal. Andando por umas das inúmeras trilhas, passamos bem pertinho do lago e tivemos a sorte de avistar um castor nadando discretamente. Infelizmente não temos fotos decentes desse momento, porque o bichinho é muito tímido e veloz, mas só isso já fez a visita valer à pena. Vocês terão que acreditar que isso aí embaixo é um castor.

Para aproveitar nossa manhã no parque por completo, havíamos passado em um supermercado para comprar um sanduíche. Assim, entre uma caminhada e outra, paramos em um banquinho, de frente para o lago, e almoçamos por lá mesmo. Melhor que um almoço no parque é fazer isso com uma vista incrível à nossa frente. Toda a imponência dos prédios envidraçados, contrastava com a bucólica paisagem formada pelo lago emoldurado pelas árvores secas.

Saindo do parque, fomos até o Aquário de Toronto, o Ripley’s Aquarium. Se existem atrações que a gente curte são os aquários. Fomos em vários ao longo dessa nossa vida de turistas e um dos mais divertidos foi este de Toronto. Ele é bem grande, super organizado e conta com um túnel muito legal, que permite ver os peixes por vários ângulos, inclusive os tubarões, que passam literalmente sobre as nossas cabeças. 

Ficamos umas duas horas andando pelo aquário, vendo cada uma das sessões, lendo todos os paineis que contavam sobre os simpáticos peixinhos coloridos.

Além dos tubarões, outro ponto imperdível do passeio é o tanque das águas vivas, que ficam impressionantes com o jogo de luzes. Gastamos uns bons minutos ali sentados admirando-as.

Quando saímos do aquário, caía uma chuva fraca em Toronto. Ainda assim, andamos pelas imediações por algum tempo, passeando pelo Bobbie Rosenfeld Park, uma pracinha que separa o estádio Rogers Centre da CN Tower. Atravessamos a rua e demos uma olhadinha nos trens antigos expostos no Toronto Railway Museum antes de ir embora.

De volta ao hotel, descansamos um pouco e à noite fomos comer na Big Smoke Burger. O hambúrguer não era lá grande coisa, mas aproveitamos a ocasião para provar o poutine, um prato bem comum no Canadá composto, basicamente, por batata frita com molho de carne. Parece uma coisa meio improvável, mas eu gostei bastante.

Encerramos nosso jantar e fomos andando até o hotel. A noite nos brindou com lindas vistas da cidade, que foram sendo apreciadas vagarosamente enquanto caminhávamos sem pressa, apesar do frio que fazia.

No outro dia, começamos os trabalhos no St Lawrence Market, um lindo edifício que abriga um mercado com frutas, gêneros alimentícios em geral e muitos restaurantes. Lembra muito o nosso Mercadão de São Paulo, só que é um pouco menor e mais tranquilo, por assim dizer.

O mercado é realmente muito bonito e gostei muito da visita. Gostei mais ainda do nosso café da manhã especial. Nossa visita tinha uma missão: provar o famoso sanduíche de bacon curado (peameal bacon) servido no Carousel Bakery.

O lugar é bem simples, nem aceitam cartão, mas o sanduíche é maravilhoso. Eu poderia comer todos os dias. Não tem nada de mais, apenas um pão macio e suculentas fatias de bacon curado, mas é muito saboroso.

Depois de provar a viciante iguaria, compramos alguns doces em uma outra loja e fomos andar pela cidade. Pegamos um café no Aroma Cafe e paramos para comer os doces na Berczy Park, perto da fonte dos cachorros. Sentamos em um dos bancos da praça e ficamos ali tomando um solzinho, disputando lugar com os pássaros, que se amontoavam à espera de migalhas.

De lá, fomos de metrô até as proximidades da Casa Loma, uma construção estranha, enorme e um tanto peculiar. Ela está sobre uma colina, em um bairro mais afastado do centro da cidade e se assemelha a um castelo.

Atualmente, funciona como um museu, mas foi construída como residência por Henry Mill Pellat, por volta de 1911. A casa é muito bonita e a vista lá de cima é maravilhosa. Só por isso já vale a visita.

Saímos da Casa Loma e fomos até o ROM, o Royal Ontario Museum, que fica em Yorkville, um bairro muito charmoso e sofisticado. O prédio do museu é uma obra de arte por si só, todo moderno, com traços inconfundíveis. O acervo do museu também é muito interessante, em especial a parte de arqueologia e história natural.

Havia várias exposições sobre povos antigos europeus e de outras partes do mundo. Algumas das composições contavam com peças inteiras, como uma tumba egípcia e outras relíquias arquitetônicas antigas. Até múmias e sarcófagos de verdade estavam expostos.

A exposição dedicada aos dinossauros é, ao mesmo, surpreendente, imponente e impressionante. Sei que são muitos adjetivos, mas o primoroso trabalho dos paleontólogos merece. Há reproduções de animais de praticamente todas as eras e períodos, a maior parte com fósseis reais. As crianças adoraram 🙂 .

Me chamou atenção o cuidado em relação à montagem dos fósseis e à disposição das informações sobre cada um, inclusive com detalhes relacionados às descobertas e características de cada espécie.

Encerrada a visita ao ROM, fomos caminhando até o supermercado Whole Foods, que conta com muitas opções de comidas saborosas e saudáveis. Aproveitamos as variadas opções de refeições prontas e compramos nosso almoço, uma deliciosa salada fria com massa.

Logo depois dos caixas há um espaço com mesas, cadeiras, talheres e guardanapos, tudo pensado para que as refeições possam ser degustadas de modo mais confortável. É lógico que aproveitamos a comodidade e comemos nossa salada por lá mesmo. E nem lembramos de tirar fotos.

Tendo em vista a ausência de fotos do banco da praça, segue a foto de uma estátua genérica que encontramos na cidade.

Em seguida, fomos, de metrô, até a Union Station, de onde seguimos pelo PATH até a CN Tower. Compramos o ingresso e subimos a imponente torre por um vertiginoso elevador panorâmico. Do alto, é possível avistar a cidade, com todos os prédios e parques. Também se nota a grandiosidade do lago Ontário, um dos cinco grandes lagos da América do Norte.

O dia havia sido cheio, mas estávamos tão entusiasmados com a cidade que o cansaço era apenas um detalhe. Aliás, encerramos o passeio na torre, voltamos ao hotel e logo depois saímos para jantar.

Até poderíamos ter escolhido algum lugar diferente, mas nosso carinho pela Pizzaria Libretto falou mais alto. No fim das contas, foi ela a escolhida para nossa despedida de Toronto, já que no dia seguinte sairíamos cedo com destino a Ottawa, nosso pit stop entre Toronto e Montreal.

Toronto se mostrou mais apressada do que eu imaginava. Por alguma razão, eu pensava que encontraria uma cidade agitada, mas menos industrial, por assim dizer. Talvez eu estivesse com as tardes de verão de Vancouver na cabeça. O fato é que Toronto é totalmente diferente e, talvez por isso, muito interessante. 

Se eu voltaria? nem precisa perguntar.

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2 Resultados

  1. Débora Raiani disse:

    Encantador, tudo muito lindo!

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